António Costa e a Carris: “A transferência está hoje consumada, está feita”

Primeiro-ministro diz que pedido de apreciação parlamentar pedido pelo PCP não põe em causa a municipalização da Carris.

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António Costa entrega umas chaves de guarda-freios a Fernando Medina LUSA/JOÃO RELVAS
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Fernando Medina, presidente da câmara de Lisboa, e António Costa, primeiro-ministro, numa viagem de eléctrico nesta quarta-feira LUSA/JOÃO RELVAS
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À primeira vista, a viagem do eléctrico 15 parecia igual às de todos os dias. Só que o veículo não estava cheio de turistas e lisboetas apressados para o trabalho, como habitualmente. Transportava sim o primeiro-ministro, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o presidente da Carris, vários vereadores, um batalhão de assessores e jornalistas.

Foi com um percurso entre Alcântara e a Praça do Município, a bordo de um eléctrico forrado com publicidade a uma marca de emplastros para dores musculares, que se assinalou a transferência da gestão da Carris para as mãos do município. Antes de embarcar, o primeiro-ministro entregou umas chaves de guarda-freios a Fernando Medina, presidente da câmara, e disse que este era um "momento simbólico" na vida da transportadora. 

"O seu foi devolvido a seu dono", declarou António Costa, que considera que esta mudança de gestão vai "permitir que os utentes tenham muito melhor qualidade do que até agora". O primeiro-ministro aproveitou também para desvalorizar o possível impacto das dúvidas dos comunistas nesta matéria, afirmando que estas não comprometem a operação. "O PCP já ontem [terça-feira] esclareceu que a iniciativa que tem [apreciação parlamentar] não coloca em causa esta transferência da propriedade nem a vigência do decreto de lei. Porventura deseja ter algum aperfeiçoamento mas não põe em causa esta transferência, e isso é o essencial e a transferência está hoje consumada, está feita. Boas notícias, vamos a isto", declarou o chefe do Governo.

Fernando Medina destacou depois, já na Praça do Município, que o que for decidido pelo Parlamento "não compromete o projecto que a câmara tem para a Carris", que envolve a compra de 250 novos autocarros, a contratação de 220 motoristas, o lançamento de 21 carreiras de bairro e o relançamento da rede de eléctricos. "Foi uma pena a cidade de Lisboa ter feito o desmantelamento da rede de eléctricos", disse o autarca, que já se comprometeu com o regresso da linha 24 – mas não para este ano. com Lusa

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