Coimbra quer investir 4 milhões em 10 autocarros eléctricos

Executivo aprovou candidatura a fundos comunitários para renovar frota de transportes públicos.

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CARLA CARVALHO TOMAS / PUBLICO

O município de Coimbra quer reforçar a frota de transportes públicos com um dezena de autocarros eléctricos, numa operação que ultrapassa os 4,3 milhões de euros.

 A candidatura a fundos comunitário aprovada na reunião do executivo desta segunda-feira prevê a aquisição de oito autocarros eléctricos de 12 metros, de dois miniautocarros e também dos respectivos sistemas de carregamento.

Do total de 4,37 milhões de euros, aos quais acresce IVA, 2,22 milhões devem ser financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), sendo que os restantes 2,15 milhões serão suportados pelos cofres da autarquia. O prazo para esta operação de aquisição é de três anos.

A câmara refere que os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), “não têm capacidade de autofinanciamento para fazer face a estes investimentos”, pelo que é necessário que a autarquia assuma esses custos.

A última aquisição de autocarros para a frota dos SMTUC tinha sido apresentada em Setembro, num investimento de um milhão de euros em cinco viaturas. O presidente da câmara de Coimbra, Manuel Machado, referia na altura que uma reformulação do sistema de transportes públicos da cidade depende da decisão sobre o Metro Mondego.

Manuel Machado deu o exemplo da municipalização dos transportes em Lisboa e Porto para apontar para a necessidade de as autarquias serem tratadas por igual, nomeadamente no que toca ao financiamento. Momentos antes, o vereador José Augusto Ferreira da Silva, eleito pelo Cidadãos por Coimbra, tinha sublinhado que “o problema de fundo é que o governo não investe” em Coimbra, numa observação que inclui o sector dos transportes.

Paulo Leitão, do PSD, aproveitou o tópico da mobilidade para questionar o presidente sobre a questão do Metro Mondego. Em Setembro, os autarcas de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo saíram da Assembleia Geral da Sociedade Metro Mondego a anunciar que o futuro das obras dependia de novo estudo, a ser concluído até Janeiro de 2017.

Sem adiantar mais pormenores, Manuel Machado refere o trabalho foi encomendado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e que ainda não tem conhecimento das conclusões.

O estudo a cargo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil deve definir o material circulante do sistema de mobilidade do Mondego. Entre outros aspectos, em causa está a opção pelo eléctrico rápido de superfície, como estava inicialmente desenhado, ou pelo BRT (bus rapid transit), que tem sido apontado como uma das possibilidades. 

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