Porto Service Jam, 48 horas para criar projectos inovadores

Serviços, inovação e criatividade são as palavras-chave para desenvolver novas ideias. De 17 a 19 de Fevereiro, o Porto vai receber um evento que decorre, simultaneamente, em mais de 300 cidades por todo o mundo

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Global Service Jam, uma organização global sem fins lucrativos que anda há seis anos a tentar desenhar e melhorar serviços, volta a Portugal de 17 a 19 de Fevereiro. Por iniciativa de um grupo de empreendedores, a cidade portuense candidatou-se e vai receber um evento internacional sobre inovação e design de serviços baptizado "Porto Service Jam" — que se realiza, simultaneamente, em mais de 300 cidades por todo o mundo.

O service design — ou design de serviços, numa tradução literal — surgiu há cerca de 15 anos e está cada vez mais presente nas empresas que pensam em melhorar os serviços prestados. “É uma disciplina que aproveita técnicas e ferramentas vindas do design para melhorar e criar serviços inovadores, pensados segundo as necessidades do usuário e aplicados em diferentes sectores”, disse ao P3 Sofia Peres, da We Question Our Project, equipa organizadora do evento no Porto.

A Porto Service Jam quer “levar a inovação para as empresas” e ser, simultaneamente, “um evento divulgativo”, capaz de mostrar às pessoas “as mais recentes e inovadoras técnicas e ferramentas do service design” em apenas dois dias. “A ideia é reunir participantes de backgrounds completamente distintos e juntá-los num evento para que criem, em conjunto, um serviço inovador, tendo em conta os conhecimentos de cada um. A intenção é que no fim das 48 horas saiam com a ideia do que trata o service design e que valor pode transmitir ao ser aplicado”, explica a service designer.

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No Porto, uma jam pode originar novas ideias

Aqui o conceito de jam – na maioria das vezes aplicado na música – é seguido à risca. Itziar Pobes, service designer e mentora de projectos na We Question Our Project, explica que, no evento, “é tudo muito livre e intenso”. Durante as 48 horas, a cidade vai reunir participantes e profissionais no Porto Design Factory, disponibilizar workshops relacionados com técnicas e ferramentas de service design e criar oportunidades de networking e partilha de conhecimentos.

O programa já está definido, mas o tema principal dos projectos que vão ser desenvolvidos pelos participantes ainda é um segredo – mesmo para a equipa que organiza a iniciativa em Portugal. Este “primeiro impulso”, partilhado pelas mais de 300 cidades de todo o mundo (segundo os diferentes fusos horários), só é revelado no fim do primeiro dia do evento. É a exibição de um vídeo que vai originar diferentes ideias, pensadas por equipas de seis elementos, para “desenvolver e melhorar serviços”. Para Itziar Pobes, “a magia da jam é que cada equipa, mesmo a partir de ponto de partida comum, vão fazer diferentes projectos que não têm qualquer ligação”. “Para os participantes, o mais importante é a experiência, as relações criadas e o que aprenderam durante esses dias”, acrescenta.

Já confirmadas estão as presenças de dez mentores nacionais e internacionais com vínculo à inovação e ao design. A Porto Service Jam dirige-se a todos os interessados – portugueses, estrangeiros a residir em Portugal ou turistas que estejam de passagem pelo Porto – em inovação, serviços e novos desafios. As inscrições abrem no dia 19 de Janeiro aquando da apresentação do evento na Porto Innovation Hub e o custo por participante é de 40 euros (inclui refeições, materiais e utilização do espaço). Aos estudantes da Porto Design Factory é aplicado um desconto de 50%.

Depois de ter reunido 1280 participantes em todo o mundo no ano passado, Sofia Peres acredita que este ano “o Porto vai receber cerca de 50 participantes” e que, nas próximas edições, o evento se pode estender a mais cidades portuguesas, uma vez que “há cada vez mais países a receber a jam”.

A Porto Service Jam começa na sexta-feira, dia 17 de Fevereiro, às 18h, e termina a 19 de Fevereiro, domingo, pelas 17h. Os projectos desenvolvidos em todas as cidades durante o evento vão depois ser reunidos numa plataforma global. Itziar Pobes sublinha que “o mais interessante é que ninguém vem com um projecto em mente”, aprendendo depois a criar juntos. “No final do evento, os participantes saem com a sensação de que podem fazer muito mais, de que podem fazer algo novo e interessante que corresponda às necessidades das pessoas em tão pouco tempo”.

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