Repensar e renovar

Desde que o Dakar foi para a América do Sul que todos os anos, ainda o rali não terminou, já se começa a falar da próxima edição. Uma situação que faz todo o sentido porque as características da prova mudam muito em função dos países por onde vai passar. Seguramente que, por estes dias, todos se lembrarão das várias etapas anuladas, das intempéries, dos dias que poderiam ter alterado o rumo desportivo da corrida, algo que não aconteceu porque pura e simplesmente não se competiu. Todos os anos há quem faça comparações com o passado e previsões de que o Dakar poderá ir para os mais diversos pontos do globo. Eu estou seguro de que se vai manter ainda por vários anos na América do Sul, mas não me espantaria se houvesse mudanças.

Desportivamente, a competição não teve grandes casos, mas foi notório que a navegação teve desta vez maior repercussão, com pilotos da frente da corrida a perderem por diversas vezes tempo muito significativo. Algumas queixas iam, contudo, no sentido de um menor rigor no road book. É bom que se reinvente a navegação, mas não de uma forma que possa parecer um pouco lotaria.

Depois da questão do reabastecimento da Peugeot em 2016, que lhe foi posteriormente favorável, neste ano a Honda terá cometido um erro que lhe custou a vitória no Dakar. Este é, a meu ver, um dos momentos marcantes desta edição, até porque, sem essa penalização, o nosso Paulo Gonçalves teria seguramente regressado a Portugal com uma posição muito melhor. Foi pena!     

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