SpaceX volta aos lançamentos espaciais com sucesso

Depois da explosão de um foguetão em Setembro, a empresa de Elon Musk lançou neste sábado um Falcon 9 com uma dezena de satélites.

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Momento da descolagem do Falcon 9 com dez satélites Iridium Reuters/GENE BLEVINS

Cento e trinta e seis dias depois de ter perdido um foguetão Falcon 9, que explodiu durante testes de rotina, a empresa SpaceX, fundada pelo magnata norte-americano Elon Musk, regressou neste sábado aos lançamentos espaciais com sucesso.

Com 70 metros de altura (o equivalente a um prédio de cerca de 20 andares), um dos Falcon 9 da empresa, que aposta em vera civis para o espaço e quer pôr o homem a viajar até Marte, descolou neste sábado, às 17h54 (hora de Portugal continental), a partir da base da Força Aérea americana de Vandenberg, na Califórnia.

A bordo, este voo não tripulado transportava uma dezena de satélites da empresa Iridium Communications. Segundo a Reuters, cerca de dez minutos depois da descolagem, o primieor módulo do foguete, que se havia separado do resto do engenho, pousou em segurança, conforme previsto, numa plataforma situada no Oceano Pacífico.

Esta missão serve igualmente para testar as mudanças que foram introduzidas pela equipa , depois do acidente de 1 de Setembro de 2016, que impediu a descolagem prevista para então. Nessa missão, a SpaceX deveria ter colocado em órbita um satélite de comunicações do Facebook, Amos-6.

Para além do seu próprio ambicioso plano de exploração espacial, que inclui a ideia de colocar no espaço uma rede de 4000 satélites capazes de dar cobertura de internet a todo o planeta e a meta de transportar humanos até Marte até 2030, esta empresa aeroespacial é uma das duas empresas privadas escolhidas pela agência aeroespacial norte-americana, NASA, para transportar carga para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla inglesa).

Elon Musk fundou a SpaceX em 2002 com o objectivo de reduzir o custo das viagens espaciais, para tornar possíveis missões mais complexas, como uma ida a Marte. A empresa planeia lançar a sua primeira nave não tripulada para o planeta vermelho já em 2018, e enviar humanos em 2024.

Em 2015, um foguetão Falcon da SpaceX, que transportava a cápsula não tripulada Dragon numa missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional, explodiu depois da descolagem, também no Cabo Canaveral. Um ano e três meses depois, no acidente de 2016, que obrigou a SpaceX a rever o seu plano, destruiu o Falcon 9, no valor de 62 milhões de dólares, e danificou a plataforma de lançamento de Vandenberg.

Para 2017, a empresa prevê 27 lançamentos, mais do triplo que os oito voos efectuados em 2016, segundo um relatório divulgado pelo jornal Wall Street Journal, na sexta-feira, e citado pela CNBC.

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