Polícia vai cobrar 15 euros por hora para ajudar a abrir a porta

Alguns serviços-extra da PSP e GNR que eram gratuitos passam a ser pagos. A tabela de preços foi publicada em Diário da República.

Foto
O aluguer de uma viatura policial tem o valor de 20 euros diários fábio augusto

Assistir ao arrombamento de portas pelos bombeiros passa a custar 15 euros por hora, a cedência de um cão custará 75 euros por dia e o empréstimo de grades de ordem pública terá um preço de 2,50 euros por unidade/dia. Estes são alguns exemplos que constam da tabela de preços para serviços policiais-extra da PSP e GNR, que consta de uma portaria publicada na quarta-feira em Diário da República. 

A tabela com os novos valores a cobrar indica ainda que PSP e GNR passam a cobrar 100 euros por dia pela cedência de um cavalo, 20 euros por um veículo ligeiro e 40 euros por um pesado, além de 40 euros pelo fardamento, 150 euros pelo aluguer de um auditório ou 20 euros à hora pela utilização da carreira de tiro.

Segundo o PÚBLICO apurou, estas polícias já alugam estes meios há vários anos, mas os valores que cobravam não estavam uniformizados, passando agora a estar com esta portaria. Em causa estão solicitações frequentes de meios para gravação de filmes e séries de televisão e encenação de peças de teatro. A nova tabela de preços inclui ainda os valores a cobrar por aulas de equitação na GNR, utilização de carreiras de tiro e aluguer de edifícios para a realização de eventos.

Por outro lado, a PSP e GNR têm de assistir ao processo sempre que os bombeiros são chamados para arrombar as portas em caso de esquecimento da chave. Um serviço que até agora não é pago e que passa a ter um preço de 15 euros por hora.

A definição desta tabela de preços é justificada pela necessidade em responder ao “acréscimo substancial do número de pedidos de cedência de animais, equipamentos e infra-estruturas das forças de segurança e de solicitações de prestação de serviços”, pode ler-se na portaria publicada em Diário da República.

A portaria publicada esta quarta-feira pelos ministérios das Finanças e da Administração Interna justifica ainda a uniformização de preços para serviços da PSP e GNR, “para fins que não decorrem directamente da missão policial”, devido à crescente “alocação de meios humanos e materiais” que acabam por fragilizar “a capacidade de financiamento da sua actividade nuclear”.

E não é só a prestação de serviços extra e o aluguer de material que passam a ter custos acrescidos: o próprio ingresso na GNR e na PSP está igualmente tabelado. A inscrição para os cursos de entrada nestas forças policiais, que era antes gratuita, passa a custar 40 euros.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários