Marido de directora de colégio condenado por abuso de menores

Pais notaram mudanças de comportamento e apresentaram queixa de empresário. Escola da Amadora já fechou.

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Reuters/JEAN-PAUL PELISSIER

O marido da directora de um colégio da Amadora foi nesta quarta-feira condenado pelo tribunal a nove anos de prisão por abuso de menores. Comprovou-se que tinha abusado de três meninas de cinco e seis anos que frequentavam a “Escola da Paula”, na Venda Nova, que o Ministério da Educação mandou encerrar após ter descoberto que funcionava sem licença.

O alerta foi dado em 2015 pelos pais de uma criança, que estranharam algumas mudanças de comportamento e apresentaram queixa às autoridades. Até aí, este empresário nunca tinha levantado desconfianças aos progenitores, que o viam como uma pessoa “muito amigável, muito culta e muito educada”, sempre com grande disponibilidade para brincar com os filhos. Não houve indícios de violação, mas as menores descreveram aos pais contactos íntimos.

Com 50 anos de idade e formação universitária, o homem tem estado em prisão preventiva desde que foi descoberto, tempo que será agora descontado na pena de nove anos de cadeia. Os abusos tiveram lugar no interior da escola, onde dava aulas de apoio de inglês. 

O Ministério da Educação só terá tido conhecimento da existência e funcionamento daquele espaço – que segundo a página da internet dispunha de berçário, creche, jardim-de-infância e primeiro ciclo – porque, depois da detenção, alguns pais tentaram transferir os filhos para outras escolas. Face à recusa dos proprietários da “Escola da Paula” em fornecer a documentação necessária para o efeito dirigiram-se à Direcção-Geral de Estabelecimentos Escolares, onde ficaram a saber que o colégio não tinha existência oficial. 

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