Nova emissão de dívida a dez anos com taxa próxima de 4,3%

Procura ao início da manhã superava os 5300 milhões de euros, segundo a agência Reuters.

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Cristina Casalinho, presidente do IGCP, e o secretário de Estado do Tesouro, Mourinho Félix Nuno Ferreira Santos

A procura de investidores internacionais pela nova emissão de dívida que o Tesouro português está esta quarta-feira a realizar superava ao início da manhã os 5300 milhões de euros, com a taxa de juro praticada a poder situar-se próximo dos 4,3%.

De acordo com informações divulgadas pela agência Reuters às 10h20 desta quarta-feira, o Estado português estava a apontar para a aplicação nos títulos de dívida a 10 anos de uma taxa de juro que ficasse entre 355 e 360 pontos base acima da taxa “benchmark”, que actualmente se situa em torno dos 0,7%. Isto significa que o que está a ser pedido aos investidores é que comprem as obrigações de tesouro portugueses com maturidade em Abril de 2027 recebendo uma taxa de juro de cerca de 4,3%.

Este valor fica acima da taxa que tem vindo a ser praticada no mercado secundário nas trocas de títulos portugueses a 10 anos entre investidores, e que se situa esta quarta-feira de manhã nos 4,05%.

É habitual que, em emissões sindicadas, as taxas obtidas sejam ligeiramente superiores às praticadas no mercado secundário. Isso acontece porque as verbas emitidas são geralmente maiores do que nas emissões regulares e porque não é usado o método de leilão competitivo. Nas emissões sindicadas, os bancos mandatados pelo Tesouro encarregam-se de encontrar directamente investidores interessados em adquirir os títulos de dívida a uma determinada taxa de juro.

Nesta operação, os bancos escolhidos pelo Tesouro português foram o Novo Banco, BBVA, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley e Societé Générale.

Ainda de acordo com a Reuters, a procura registada superava ao início da manhã os 5300 milhões de euros. Só no final da operação será dada a indicação de qual o montante que será efectivamente emitido. De acordo com o Jornal de Negócios, o Governo está a apontar para uma emissão de 3000 milhões de euros, o que representaria 20% do total de emissões de OT que são previstas para 2017.

Há um ano, na sua última emissão sindicada a 10 anos, o Tesouro colocou 4000 milhões de euros a uma taxa de juro próxima de 2,9%.

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