Depois de um ano difícil, Banco Mundial espera uma “retoma moderada” em 2017

Cenário poderá ser mais positivo para economias emergentes e em desenvolvimento, mas falta de investimento continua a limitar a recuperação.

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A subida recente dos preços do petróleo pode ajudar as economias de alguns países exportadores Reuters/STAFF

Uma “retoma moderada” impulsionada pela aceleração da economia norte-americana e pela melhoria da conjuntura nos países exportadores de matérias-primas, mas limitada pela falta de investimento nos mercados emergentes e nos países em desenvolvimento. É este o cenário de optimismo bastante prudente que é traçado pelo Banco Mundial para a evolução em 2017 da economia no globo.<_o3a_p>

No relatório publicado esta terça-feira sobre a economia mundial, a instituição sedeada em Washington aponta para um crescimento global de 2,7% em 2017, o que representa uma aceleração face aos 2,3% registados no ano passado e que constituíram o pior desempenho registado desde o auge crise financeira internacional, em 2009.<_o3a_p>

O Banco Mundial assinala que 2016 foi um ano “difícil”, de “comércio internacional estagnado, investimento fraco e maior incerteza política”, que conduziram a uma actividade económica mundial “deprimida”. Agora, no início de 2017, aquilo que se está à espera é de uma “retoma moderada”.<_o3a_p>

As fontes desta recuperação estão, por um lado, nas economias em desenvolvimento e emergentes e, por outro, nos Estados Unidos.<_o3a_p>

No mundo menos desenvolvido e emergente, a previsão de crescimento em 2017 é de 4,2%, uma subida face aos 3,4% de 2016 e que se explica pelo “recuo dos obstáculos à actividade nos exportadores de matérias-primas” e pela “continuação de uma procura interna sólida nos importadores de matérias-primas”.<_o3a_p>

Particularmente importante é aquilo a que se poderá assistir ao nível dos preços do petróleo, que já registaram uma subida no final do ano, beneficiando alguns dos países mais dependentes desta matéria-prima. Ainda assim, para Angola, por exemplo, o Banco Mundial não prevê mais do que um crescimento de 1,2% em 2017, depois de 0,4% em 2016.<_o3a_p>

Um dos problemas identificados é aquilo que o Banco Mundial diz ser “o investimento e crescimento da produtividade fracos” que estão a pesar nas perspectivas de crescimento de médio prazo em muitos países em desenvolvimento e emergentes.<_o3a_p>

Nos Estados Unidos, a previsão é de uma aceleração da economia dos 1,6% de 2016 para 2,2% em 2017. A economia norte-americana é, entre os países mais ricos, a que maior contributo promete dar, já que por exemplo na zona euro aquilo que o Banco Mundial antecipa é um abrandamento de 1,6% em 2016 para 1,5% em 2017.<_o3a_p>

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