Bolsas de estudo: erros na plataforma informática atrasam análise das candidaturas

Direcção-Geral de Ensino Superior reconhece dificuldades e promete resolver o problema.

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Ministério de Manuel Heitor diz que o problema está a ser resolvido LUSA/ANDRÉ KOSTERS

A plataforma informática usada pela Direcção-Geral de Ensino Superior (DGES) para reunir as informações acerca dos alunos que querem ter bolsas de estudo está a apresentar vários erros, contribuindo para o atraso na análise das candidaturas que se verifica neste ano lectivo. Há dias em que é praticamente impossível abrir os processos, segundo uma fonte dos Serviços de Acção Social (SAS) das universidades, que são responsáveis pela sua análise. A tutela confirma os problemas e promete uma solução para breve.

“Desde Setembro, a plataforma de gestão do processo de bolsas de estudo, tem tido problemas de desempenho, lentidão e erros da aplicação”, afirma ao PÚBLICO o administrador de um dos Serviços de Acção Social das universidades, que pediu anonimado. Os problemas “têm tido impacto no processo de análise das bolsas de estudo. O desempenho global das instituições é menor devido a este facto”, acrescenta a mesma fonte.

A DGES tem recebido também emails a um ritmo diário dos diferentes serviços alertando para os problemas, mas até agora não os conseguiu resolver. “Foram detectadas algumas dificuldades informáticas”, confirma ao PÚBLICO fonte do Ministério da Ciência e Ensino Superior, admitindo que os mesmos “poderão ter conduzido a um prolongamento no processo de análise de alguns processos”. A tutela assegura, porém, que a direcção-geral “está já a ultimar as diligências necessárias para a resolução dessa situação”.

Esta não é a primeira vez que a plataforma informática usada pela DGES para gerir os processos de candidaturas às bolsas de estudo dá problemas que acabam por afectar o próprio processo. Durante o ano lectivo 2014/2015, os problemas foram particularmente graves, tendo mesmo desaparecido vários documentos em suporte informático, obrigando dezenas de estudantes a apresentar novamente as informações requeridas. Na altura, vários administradores dos SAS e as associações académicas e de estudantes queixaram-se publicamente face ao avolumar de erros

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