Liga espanhola critica Mundial alargado: Infantino "comporta-se como Blatter"

O presidente da liga espanhola de futebol, Javier Tebas, acusa a FIFA de ter avançado com a proposta de ampliação do número de equipas do Mundial "por razões políticas".

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O Conselho da FIFA aprovou esta terça o alargamento da fase final Mundial de futebol, a partir de 2026, de 32 para 48 selecções Reuters/RUBEN SPRICH

O presidente da liga espanhola de futebol, Javier Tebas, criticou a proposta da FIFA de ampliar para 48 selecções a fase final do Mundial, aprovada esta terça-feira pelo Conselho do organismo, em entrevista ao diário francês L'Équipe.

Para Tebas, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, "comporta-se como [Joseph] Blatter", seu antecessor, que se demitiu em 2015 após o escândalo de corrupção que abalou o organismo. "Infantino comporta-se como Blatter, que tomava as decisões sozinho, sem se preocupar com ninguém", avaliou Tebas, acrescentando que os clubes estão "muito incomodados".

O presidente da “LaLiga” acusa a FIFA de ter avançado com a proposta de ampliação "por razões políticas", sem ter consultado o futebol profissional, considerando que esta atitude "não é aceitável". Para o responsável espanhol, "a indústria do futebol mantém-se graças aos clubes e às ligas e não graças à FIFA", acrescentando que "é fácil engordar esta competição [o Mundial] sem pagar aos protagonistas".

"Gianni Infantino faz política. Para ser eleito, prometeu mais países no Mundial. Quer cumprir essas promessas, mas as promessas que fez ao futebol profissional não as cumpre", disse ainda Javier Tebas.

O Conselho da FIFA, órgão que substituiu o Comité Executivo, aprovou esta terça, por unanimidade, o alargamento da fase final Mundial de futebol, a partir de 2026, de 32 para 48 selecções, distribuídas por 16 grupos de três equipas. Nesta segunda reunião do novo Conselho da FIFA estavam em cima da mesa três propostas: manter o formato de 32 selecções e alargar para 40 ou 48 selecções a partir da edição de 2026.

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