Pedido de boicote à CAN não preocupa

Protesto político no Gabão não intimida entidades organizadoras da Taça das Nações Africanas, que começa no sábado.

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Jean Ping foi o candidato derrotado das presidenciais do Gabão Reuters/STR

Um grupo de activistas civis no Gabão, apoiantes de Jean Ping, adversário derrotado pelo presidente Ali Bongo Ondimba nas eleições de Agosto de 2016, pediu, esta segunda-feira, um boicote pacífico da Taça das Nações Africanas (CAN 2017), que se realiza naquele país. A candidatura de Jean Ping contestou os resultados eleitorais e pediu, em Setembro do ano passado, a validação dos votos pelo Tribunal Constitucional gabonês. Este movimento é visto como um protesto político pelas entidades organizadoras da maior prova do futebol africano.

O pedido de boicote da CAN 2017 tem tido eco em vários jornais associados à oposição de Bongo Ondimba, que foi proclamado vencedor das eleições presidenciais de Agosto do ano passado. Em conferência de imprensa, o grupo de activistas civis adiantou que "a sociedade civil não quer a CAN até que a verdade das urnas seja restituída". No entanto, os apoiantes da candidatura de Jean Ping requereram ao povo gabonês que o boicote decorresse de ”todas as formas apropriadas, pacíficas e sem violência".

O grupo de activistas justifica esta solicitação "em nome da liberdade de expressão, da soberania do povo e em respeito aos mártires". Este pedido de boicote não coloca, para já, em risco a realização da maior competição do continente africano - CAN 2017 -, que arranca no sábado e termina a 5 de Fevereiro, no Gabão.

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