Suspeito do atentado em Istambul pode ter-se treinado na Síria

Alegado autor do ataque à discoteca Reina onde morreram 39 pessoas continua a monte. Autoridades têm a sua família sob custódia.

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LUSA/DOGAN NEWS AGENCY VIA DEPO PHOTO

O suspeito do atentado em Istambul, na madrugada da passagem do ano e no qual morreram 39 pessoas, viajou da Síria para a Turquia, segundo as informações reveladas pela polícia turca esta terça-feira.

Não se sabe ainda a data exacta da chegada do homem à Turquia, mas a polícia diz que ele, a mulher e os dois filhos chegaram a 22 de Novembro à província de Konya, no centro do país, onde arrendaram uma casa. A mulher terá dito que apenas soube do ataque pela televisão. "Não sabia que o meu marido era um militante do Daesh, nem sequer um simpatizante", disse, segundo o jornal Hürriyet.

A polícia turca divulgou imagens mais nítidas do suspeito do ataque. Embora não tenham revelado o nome do homem, as autoridades começaram por divulgar apenas uma imagem onde não se via claramente o seu rosto, mas nesta terça-feira revelaram um vídeo no qual se vê claramente o alegado autor do ataque à discoteca Reina.

Pelo menos 14 pessoas foram entretanto presas, avança o Hürriyet. As autoridades "conhecem a identidade do atacante e a sua família está sob custódia policial", diz o jornal. A polícia revelou ter detido duas pessoas de nacionalidade estrangeira no aeroporto Atatürk, em Istambul, relacionadas com o caso, segundo a Reuters.

Inicialmente tinha sido divulgada uma imagem de um passaporte de um cidadão quirguize que os media turcos diziam pertencer ao suspeito. Porém, os serviços de informação do Qurguistão interrogaram o detentor do passaporte e esclareceram que a pessoa em questão nada teve a ver com o ataque.

Na segunda-feira, o Daesh reivindicou o atentado e as autoridades anunciaram a detenção de oito suspeitos ligados ao ataque.

O vídeo agora divulgado mostra o homem na Praça Taksim, no centro de Istambul. 

O  Parlamento turco vai decidir, nesta semana, o prolongamento do estado de emergência por mais três meses, disse o primeiro-ministro, Binali Yildirim, citado pela Reuters.

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