Antecipada a estreia do documentário sobre Carrie Fisher e Debbie Reynolds

Bright Lights, o documentário que retrata a relação das duas actrizes ao longo de cerca de seis décadas, estreia-se antecipadamente a 7 de Janeiro na HBO.

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Carrie Fisher e Debbie Reynolds Charley Gallay/WireImage

As mortes de Carrie Fisher e de Debbie Reynolds, que aconteceram no espaço de 48 horas, levaram a HBO a antecipar a data de estreia de Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds, o documentário sobre a relação entre mãe e filha dos dois ícones de Hollywood desaparecidos esta semana. Inicialmente, o canal por cabo norte-americano tinha planeado exibir o documentário em Março, mas a perda repentina das duas actrizes engrandece o valor das imagens captadas há cerca de um ano. O filme, realizado por Alexis Bloom e Fisher Stevens, foi exibido no Festival de Cannes, em Maio, e no Festival de Cinema de Nova Iorque, em Outubro, e estreia-se a 7 de Janeiro na HBO.

Bright Lights é uma crónica da forte e tumultuosa relação entre as duas actrizes durante as cerca de seis décadas que passaram sob o olhar impiedoso da indústria do entretenimento. “É uma história de amor”, disse Sheila Nevins, presidente da HBO Documentary Films à Variety. Nevins refere que o documentário mostra “a tentativa [das actrizes] em manter a postura apesar das suas fragilidades – num caso, a idade, e no outro, a doença psicológica."

O filme começou com uma intenção de Carrie Fisher em documentar a vida e obra da sua mãe aquando da sua última actuação ao vivo, aos 82 anos.  De estrela de filmes como Tammy a musicais eternos como Serenata à chuva, que protagonizou ao lado de Gene Kelly, Carrie “queria preservar tudo isso para a sua mãe”, afirma Nevins. Por outro lado, o documentário mostra a Fisher falar honestamente sobre a sua luta recente com a doença psicológica.

Segundo a HBO, o documentário é “a história de um amor complicado e um retrato íntimo de Hollywood em toda a sua excentricidade”. As duas actrizes, que deixaram marca na história do cinema, viviam no mesmo bairro de Beverly Hills e eram inseparáveis em todos os momentos altos e baixos das suas vidas pessoais e profissionais. “Elas amavam-se muito uma à outra. O laço era simplesmente inquebrável”, disse Sheila Nevins.

De acordo com os realizadores e Carrie Fisher, Debbie Reynolds demorou a habituar-se à ideia de ter a sua vida gravada para um documentário, pois estava à vontade com as câmaras, mas sempre à espera de ter o guião na mão. Alexis Bloom e Fisher Stevens lamentaram a partida das actrizes num comunicado conjunto. “Estas mulheres eram mais que mãe e filha, eram uma expressão de humanidade excepcional em todo o seu esplendor”.

Tido como uma celebração feliz da determinação das duas actrizes em manter as suas carreiras e sanidades intactas num Hollywood que parecia querer destruí-las, Bright Lights será agora uma experiência diferente e mais melancólica, especialmente tendo em conta que o clímax do documentário se prende com a capacidade física de Debbie Reynolds em marcar presença na homenagem que lhe foi feita pelo Screen Actors Guild Awards.

Carrie Fisher morreu esta terça-feira aos 60 anos, na sequência de complicações advindas de um ataque cardíaco sofrido a bordo de um avião entre Londres e Los Angeles. Segundo Sheila Nevins, a princesa Leia tinha planeado ir de Londres a Nova Iorque para trabalhar no documentário, mas acabou por ir directamente para Los Angeles para passar o Natal com a mãe e a restante família. Debbie Reynolds não resistiu à perda da filha e morreu um dia depois, aos 84 anos. 

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