Trabalhadores da segurança privada fazem greve no fim-de-semana

Trabalhadores exigem aumentos salariais.

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Os centros comerciais estão entre as instalações que são vigiadas por seguranças privados PAULO PIMENTA

Os trabalhadores do sector da segurança privada vão estar em greve no último dia deste ano e no dia de Ano Novo, em defesa de aumentos salariais e de melhores condições de trabalho, foi anunciado nesta quinta-feira.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância e Actividades Diversas (STAD), a paralisação nacional do próximo fim-de-semana tem como objectivo "combater o boicote do patronato à revisão do contrato colectivo de trabalho do sector da vigilância privada".

"Existe um grande descontentamento entre os trabalhadores do sector, que tem como salário de referência 641,93 euros, e acreditamos que isso se vai reflectir no resultado desta greve", disse à agência Lusa Rui Tomé, dirigente do STAD.

O sindicalista estimou que a paralisação tenha maior impacto nos serviços prestados em portarias de empresas e possa afectar também os serviços prestados nos aeroportos.

Os seguranças e vigilantes fizeram uma greve nacional no final de Outubro e várias concentrações e manifestações ao longo do ano contra "o bloqueio negocial, que tem mantido os salários sem aumento desde 2011".

"Estamos abertos à negociação, que pretendemos retomar após a greve, e poderíamos discutir o aumento de 1,5% proposto pelas empresas desde que isso não implicasse perdas de direitos para os trabalhadores", disse Rui Tomé.

Os 35.000 trabalhadores do sector da vigilância privada asseguram a segurança em empresas privadas, como fábricas, escritórios e centros comerciais, e serviços públicos, como aeroportos, hospitais, transportes e ministérios. 

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