A vitória é deles

Pouco depois de ter recebido a Bola de Ouro da FIFA, Cristiano Ronaldo foi eleito desportista do ano. O único outro futebolista da lista de 20 é neto do futebolista português Amaro Lopes: o francês Antoine Griezmann, finalista do Euro 2016.

Na equipa perfeita que a UEFA escolheu para a Liga dos Campeões há 3 jogadores portugueses: Renato Sanches, Raphael Guerreiro e André Silva. Segundo o IFFHS, Fernando Santos é, de longe, o melhor seleccionador do mundo - e Rui Patrício é o terceiro melhor guarda-redes.

Isto só no futebol. Fica-se blasé. Corre-se o perigo de achar que os portugueses têm, só por serem portugueses, uma vantagem qualquer. Diz-se roboticamente que os portugueses estão na moda. Mas a verdade é que, em cada um dos casos, o mérito é de cada um deles.

Não será inteiramente individual - mas só porque não poderia ser. Os próprios premiados falam, com razão, da contribuição dos colegas e das equipas. Mas quase todos os futebolistas portugueses contaram com essas ajudas. E só alguns deles - muito poucos - foram escolhidos como os melhores da Europa ou do mundo.

Assim como as vitórias têm mil pais e as derrotas são órfãs também os desportistas portugueses que ganham troféus internacionais pertencem a todos os portugueses, enquanto aqueles que não ganham só têm de culpar-se a si próprios. O próprio Cristiano Ronaldo que o diga, cada vez que não conseguiu obter os prémios que ele queria.

Parabéns, Fernando Santos, por acaso português. A sorte é nossa. O mérito é dele.

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