As chitas estão em extinção

Autores de estudo pedem que categoria do risco passe de espécie vulnerável para ameaçada.

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Os autores do estudo pedem uma requalificação urgente do risco para a espécie, defendendo que deve passar de vulnerável para ameaçada GIANLUIGI GUERCIA/AFP

As chitas estão ameaçadas de extinção, segundo um estudo que aponta para um decréscimo da população nos últimos anos. Só restam 7100 destes mamíferos em ambiente selvagem, de acordo com um relatório divulgado na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences.

A principal causa do desaparecimento das chitas está relacionada com a tendência para estes animais saírem das áreas protegidas e entrarem em conflito com os humanos. Os autores do estudo pedem uma requalificação urgente do risco para a espécie, defendendo que deve passar de vulnerável para ameaçada.

De acordo com o estudo, mais de metade das chitas vive num território que atravessa seis países no Sul de África. Na Ásia, estes animais já quase desapareceram. No Irão, há registo de menos de 50 exemplares a viver no território.

O decréscimo do número de chitas – os mamíferos mais rápidos  – acontece não só porque saem das áreas protegidas e são consideradas uma ameaça para os agricultores mas também por causa da caça. No Zimbabué, por exemplo, a população caiu de 1200 para 170 animais em apenas 16 anos.

Os investigadores que participaram no estudo afirmam que há muito tempo que situação tem sido ignorada. “Dada a natureza reservada deste animal, tem sido difícil reunir informação sobre a espécie, o que levou a negligenciar a situação”, afirmou Sarah Durant, uma das autoras do estudo, citada pela BBC.

Outra das preocupações relacionadas com a espécie é o tráfico ilegal de crias, alimentado pela procura nos Estados do Golfo, tal como a BBC noticiou no início deste ano.

Para assegurar a sobrevivência da espécie, é necessário desenvolver esforços para resolver a questão da abrangência das áreas protegidas. No essencial é preciso pagar a comunidades locais para proteger a espécie que é vista como um perigoso predador. “A principal conclusão deste estudo é que manter as áreas protegidas por si só não é suficiente”, disse Kim Young-Overton, outra autora do relatório.

Por outro lado, o relatório apela à organização União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) para alterar a categoria do risco de ameaça de vulnerável para ameaçada. Esta mudança permitiria colocar o foco na conservação destes animais para travar a ameaça de extinção. 

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