Russos descartam “acto terrorista” no acidente que matou coro

Queda de avião com 92 pessoas continua por explicar e as caixas negras ainda não foram encontradas.

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O avião desapareceu dos radares dois minutos após ter decolado do aeroporto da estância balnear de Sotchi AFP/YEKATERINA LYZLOVA

Maxim Sokolov, ministro dos Transportes russo, disse nesta segunda-feira aos jornalistas que a causa mais plausível do acidente aéreo de domingo no mar Negro seria um erro do piloto ou uma falha técnica, avança a Reuters. No âmbito do inquérito aberto para averiguar as causas da queda do avião militar russo, Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, diz que os investigadores responsáveis não consideram que um ataque terrorista seja a causa provável do acidente, avança a Reuters.

“Até agora, nenhuma versão emerge claramente”, disse Peskov à imprensa, citado pela AFP. “Todas as possibilidades estão a ser investigadas. Mas a teoria de que terá sido um acto terrorista está longe de estar no topo da lista”, acrescenta.

O avião transportava o coro do Exército Vermelho – Alexandrov Ensemble – e vitimou as 92 pessoas a bordo. O Presidente russo Vladimir Putin ordenou a criação de uma comissão de inquérito para apurar o que está na causa do desastre. 

Além da investigação pedida por Putin, está em curso uma operação de recuperação dos corpos das vítimas assim como a busca pelas caixas negras do avião que, até agora, não foram encontradas.

Envolvidas nesta operação estão mais de 3500 pessoas, 39 embarcações, cinco helicópteros, um drone e 100 mergulhadores, avança a Reuters que adianta ainda que 11 corpos já foram recuperados.

No aeroporto de Sochi, de onde partiu o avião, multiplicam-se as homenagens e tributos às vítimas. Pela Rússia, erguem-se as bandeiras a meia haste nesta segunda-feira, declarada por Vladimir Putin como dia de luto em memória das 92 pessoas mortas pela tragédia.

A viagem tinha como destino a Síria, onde o coro Alexandrov Ensemble iria actuar numa base militar numa festa de Ano Novo. Os destroços do aparelho – fabricado há 33 anos, segundo o Ministério da Defesa russo – foram encontrados a cerca de quilómetro e meio do litoral de Sochi, de onde descolou.

A bordo estavam, além do coro (cantores, bailarinos e membros da orquestra), nove jornalistas, dois altos funcionários públicos e Elizavéta Glinka, membro do conselho para os Direitos Humanos de Putin.

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