Foldscope, o microscópio de origami para levar no bolso

Dois engenheiros criaram um microscópio que custa menos de um dólar a ser produzido e é vendido por menos de 20 euros. Campanha de "crowdfunding" foi um sucesso

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Quer trazer a ciência para o dia-a-dia, seja pela observação de um vaso lá de casa, das bactérias da nossa própria boca ou do computador onde trabalhamos. O Foldscope, "um portátil e versátil microscópio feito maioritariamente em papel à prova de água", quer tirar a ciência dos laboratórios e torná-la acessível a qualquer pessoa.

O Foldscope foi desde o início defensor da "ideia de igualdade no acesso à ciência". A primeira versão do microscópio — 50 mil unidades —, criada na Universidade de Stanford, foi enviada para mais de 130 mil países. Os objectivos são agora outros: em 2017, os engenheiros Manu Prakash e Jim Cybulskios, criadores do dispositivo, querem levar o microscópio a um milhão de pessoas.

Para isso, a dupla trabalhou numa mistura de física, matemática e design. O corpo do microscópio é feito de papel, podendo ser dobrado e transformado num microscópio de bolso em cerca de cinco minutos. Já a minúscula lente micro do Foldscope tem uma curvatura alta, o que faz com que a luz que passa através dele se curva bruscamente, levando a uma alta ampliação. O dispositivo tem uma lente de aumento de 140 vezes e pode ser ligado a um iPhone para tirar fotografias e fazer vídeos.

A campanha de crowdfunding na plataforma Kickstarter foi um sucesso, tendo o projecto angariado mais de 390 mil dólares (quando pedia apenas 50 mil).

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