Obama vai banir extração de petróleo e gás no Atlântico e Árctico

Decisão foi tomada com base em lei dos anos 1950, para tentar evitar que Donald Trump reverta a medida.

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AFP/ALBERTO PIZZOLI

A um mês de deixar a Casa Branca, o Presidente dos EUA, Barack Obama, baniu, por tempo indefinido, novas perfurações para exploração de petróleo e gás em algumas zonas do oceano Atlântico e Árctico. 

Para aplicar esta medida, Obama utilizou uma lei datada dos anos 1950 que permite ao Presidente norte-americano limitar as áreas reservadas à exploração. Por isso, e tal como já explicaram alguns grupos ambientais, em reacção à notícia, o próximo inquilino da Casa Branca, Donald Trump, que prometeu reverter as políticas ambientais do actual Presidente, só recorrendo a acções em tribunal poderá vir a anular esta ordem de Obama, explica o New York Times.

A Casa Branca explicou que esta decisão surgiu com o objectivo de proteger os mamíferos marinhos, os recursos ecológicos e as populações nativas. Proíbe novas explorações de petróleo e gás natural em 98% dos fundos marinhos de áreas que são propriedade federal, ou 465.390 km quadrados, uma região onde se encontram ursos polares baleias, e também corais de água fria.

A medida abrange as águas federais ao largo do Alasca no Mar de Chukchi e na maior parte do Mar de Beaufort. Em relação ao Atlântico, fica abrangida a região a partir de Nova Inglaterra até à Baía de Chesapeake.

Além dos EUA, também o Canadá anunciou que irá tomar medidas semelhantes nas águas do Árctico.

No entanto, não é certo que esta proibição possa manter-se. O Presidente Bill Clinton usou o mesmo mecanismo para impedir a prospecção de petróleo e gás natural numa área de 1.214.061 km quadrados que já tinha sido designada como santuário marinho, mas depois o Presidente George W. Bush recuperou mais de 202 mil k quadrados para exploração petrolífera, recorda o Times de Nova Iorque.

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