Presidente da FIFA elogia testes com vídeo-árbitro

Gianni Infantino faz avaliação "extremamente positiva" da utilização no Mundial de clubes.

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Infantino acredita que a transparência e a justiça prevaleceram AFP/FABRICE COFFRINI

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, avaliou neste sábado como "extremamente positivo" o teste com o vídeo-árbitro realizado no Mundial de clubes de futebol.

"É positivo porque os árbitros puderam tomar a decisão correcta, tendo prevalecido no jogo a transparência e a justiça", explicou o dirigente, numa conferência de imprensa, no Estádio Internacional de Yokohama, onde Real Madrid e Kashima Antlers disputam a final da competição, no domingo.

O “polémico” vídeo-árbitro serviu para validar o segundo golo do Real Madrid na meia-final frente ao América, da autoria do português Cristiano Ronaldo, e para conceder uma grande penalidade ao Kashima Antlers, mas foi criticado por interromper o jogo e promover situações potencialmente caóticas.

"Há 50 anos que se discute se deve ser usado ou não o vídeo e a FIFA foi criticada por não usar esta tecnologia. Eu tenho sido céptico, mas, sem provas, como saberemos se funciona", referiu, relativizando o tempo perdido com este sistema.

O antigo avançado e actual director-geral da FIFA para o desenvolvimento técnico, Marco van Basten, foi mais assertivo, considerando que, no futuro, "todos vão perceber que este sistema é melhor" e que a sua implementação é "uma questão de tempo".

Mundial com 48 selecções "só tem aspectos positivos"

O presidente da FIFA disse falou ainda sobre o alargamento do Campeonato do Mundo de futebol para 48 selecções, dizendo que "só tem aspectos positivos", apesar das críticas feitas por treinadores europeus. "Somos a FIFA e temos de ter em conta a opinião dos europeus, mas também das federações e dos clubes do resto do mundo", frisou Gianni Infantino.

O presidente da FIFA reiterou que o alargamento da competição "não aumenta o número de jogos por equipa no torneio": "Cada finalista jogará sete, no máximo, como agora. Não são precisos mais dias, serão 32, como agora, nem mais estádios, são necessários 12, como actualmente", frisou.

"Só tem aspectos positivos, uma vez que 48 países participarão no maior torneio de futebol do mundo e promoverão o futebol", sublinhou.

Questionado sobre um eventual alargamento do Mundial de clubes de sete para 16, Infantino assegurou apenas a "constante ambição de melhorar as coisas".

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