Comunicação Social: regulação ou auto-regulação

Maioria dos jornalistas não participa na actividade do conselho de redacção.

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Jose Sarmento Matos

Outro dos objectos de análise do inquérito são os instrumentos de regulação e auto-regulação dos jornalistas, tema que é também objecto da tese de doutoramento do investigador.  

João Miranda vê como positivo que a grande maioria dos inquiridos (97,1%) conheça o código deontológico dos jornalistas e que mais de metade o discuta no meio onde trabalha. 

Os dados mostram que, apesar de uma maioria expressiva (78,6%) afirmar conhecer o trabalho desenvolvido pelo conselho de redacção (CR), 61,7% não participa na actividade do CR do órgão de comunicação social onde desenvolve a actividade. 

Ainda em relação aos conselhos de redacção, o autor do estudo encontra “um dado animador”, sobretudo “relativamente às análises que são feitas pelo próprio conselho deontológico dos jornalistas relativamente à dispersão” destes meios. “Existe a ideia de que o conselho de redacção é hoje um organismo cada vez mais extinto. Mas vemos aqui que quase metade assume que tem conselho de redacção no órgão de comunicação onde desenvolve a actividade”, aponta. 

Os resultados mostram ainda que é “aos mecanismos de auto-regulação que os jornalistas conferem maior importância”, avalia. Código deontológico, estatuto editorial, livro de estilo ou código de conduta e conselho de redacção são os mecanismos que os jornalistas consideram mais importantes. 93,1% concorda com a importância de mecanismos de autorregulação. 

Por outro lado, 76,4% avalia como “fraca” a participação de jornalistas na Entidade para a Regulação da Comunicação Social e 56,1% tem a mesma opinião quando a questão se refere à participação na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.

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