Autarca de Olhão vai administrar Sociedade Polis da Ria Formosa

Cargo é rotativo entre os autarcas mas ambientalistas receiam fim das demolições previstas.

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Rui Gaudencio

O presidente da Câmara de Olhão, António Pina - o autarca que mais contestou as decisões da Sociedade Polis da Ria Formosa – vai nesta quinta-feira ser eleito administrador desta empresa, de capitais públicos,  com mandato para reordenar o litoral algarvio. O autarca, socialista, foi o principal opositor às demolições das casas clandestinas da ilha do Farol, onde tem interesses. Agora passa a ser o representante dos municípios e interlocutor do Governo.

A assembleia geral da Sociedade Polis da Ria Formosa reúne nesta quinta-feira na Quinta do Marim com o objectivo de eleger os novos gestores para o Conselho de Administração. O accionista Estado indicou José Pacheco, técnico da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), e o advogado Rogério Gomes. Os quatro municípios que integram a sociedade – Faro, Loulé, Tavira e Olhão – propõem António Pina, seguindo o método de rotatividade no cargo. Os outros três autarcas já desempenharam essas funções.

“Uma decisão feita à medida para travar o processo das demolições”, reage o dirigente da Almargem, Fernando Grade, lembrando a “pressão do autarca de Olhão” junto do ministério do Ambiente para afastar os anteriores gestores. Quando o ministro mandou suspender, há cerca de dois meses, o programa das demolições, para “reanalisar caso a caso”, a lista dos clandestinos, Sebastião Teixeira e João Alves, sentindo-se “desautorizados”, demitiram-se. 

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