Aprovada transformação do Montepio em sociedade anónima

Assembleia geral aprovou passagem a sociedade anónima por unanimidade.

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A Caixa Económica Montepio Geral é a principal empresa do Grupo Montepio Daniel Rocha

A assembleia-geral da Caixa Económica Montepio Geral aprovou nesta terça-feira, por unanimidade, a transformação do banco em sociedade anónima e a alteração dos seus estatutos, disse à Lusa fonte oficial do Montepio.

"A assembleia-geral aprovou por unanimidade a passagem a sociedade anónima e a alteração dos estatutos, que serão agora enviados ao regulador", disse à agência Lusa a mesma fonte oficial.

A assembleia-geral extraordinária concluiu os trabalhos que ficaram pendente da última reunião. Em Novembro foi realizada uma reunião magna sobre este tema, tendo então sido aprovada na globalidade a alteração de estatutos relativa à "aceitação da transformação imposta nos termos legais da Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, em sociedade anónima”.

Contudo, os trabalhos não foram concluídos e ficaram suspensos até hoje para “serem reconsideradas algumas matérias em função de recomendações ou decisões que resultarem de comunicação dos supervisores", disse então a instituição em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Actualmente, o banco mutualista é totalmente detido pela Associação Mutualista Montepio Geral e a alteração de estatutos é feita numa altura em que poderá ter de aumentar o capital para fazer face às novas exigências dos reguladores bancários, nomeadamente do Banco de Portugal.

Na segunda-feira, numa mensagem enviada aos clientes, o presidente do Grupo Montepio garantiu que a Associação Mutualista Montepio Geral continuará a ser proprietária do total do capital social da CEMG, apesar da transformação do banco mutualista em sociedade anónima.

A Caixa Económica Montepio Geral é a principal empresa do Grupo Montepio, tendo apresentado até Setembro um prejuízo de 67,5 milhões de euros, um resultado que compara com perdas de 59,5 milhões de euros em igual período de 2015.

O banco está num processo de reorganização e redução de custos e, em Outubro, pediu ao Governo o estatuto de empresa em reestruturação, estando prevista uma nova diminuição de trabalhadores nos próximos meses, que poderá mesmo superar os 100.

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