Accionistas do BPI abrem mão do controlo do angolano BFA

Assembleia-geral aprovou venda de 2% do capital à Unitel, controlada por Isabel dos Santos.

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Fernando Veludo/NFactos
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Os accionistas do BPI aprovaram, esta segunda-feira, a venda de 2% do Banco de Fomento de Angola ( BFA) à Unitel, o que, na prática, representa a perda de controlo do banco português na instituição angolana.

A empresária Isabel dos Santos, que passa a dominar o BFA, saiu vitoriosa do braço-de-ferro que manteve com a gestão e restantes accionistas da instituição portuguesa.

A decisão de venda foi aprovada pela maioria do capital representado, com os votos contra de alguns accionistas minoritários e a abstenção dos dois maiores accionistas do BPI, o espanhol CaixaBank e Isabel dos Santos.

Tiago Violas, accionista minoritário que tem contestado a solução encontrada, disse que vai ponderar se impugna ou contesta judicialmente esta decisão da AG.

Na assembleia estiveram 223 accionistas, que represenram 84,15% do capital social.

Os "problemas complexos que tínhamos relativamente à desconsolidação do Banco de Fomento de Angola, de forma a cumprir a exigência do BCE de reduzir o excesso de exposição em Angola, foram resolvIdos", disse Artur Santos Silva, chairman do BPI, em conferência de imprensa.

Por seu lado, Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, admitiu que estão reunidas as condições para o registo da oferta pública de aquisição (OPA) do Caixabank, acrescentando que o processo deverá, rapidamente, ter desenvolvimentos. 

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