Mais negócios com artesanato e lã para jovens empreendedores

Os destinatários do programa Coopjovem devem "ser detentores de uma ideia de negócio com potencial de crescimento"

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Philip Estrada/Unsplash

A Câmara Municipal de Arouca desafia os jovens do concelho a criarem cooperativas que possam garantir ao território uma nova oferta de bens e serviços turísticos, como artesanato, produtos alimentares e artigos em lã. Para isso, a autarquia promoveu uma sessão de apresentação do programa Coopjovem, que, visando apoiar a constituição dessas estruturas de negócio colectivas, tem aberta a primeira fase de candidaturas até ao próximo dia 21 de Dezembro.

"O território do Geopark de Arouca tem recebido muita gente e há uma grande margem de crescimento para a oferta de produtos e serviços em que estes jovens poderiam estar a apostar", explica à Lusa a vice-presidente da autarquia, Margarida Belém. "Uma área em que há muito potencial, por exemplo, é o artesanato, mas também há espaço para os artigos alimentares e até para peças em lã, que é um produto excedente e podia resultar numa excelente cooperativa de mulheres", realça. Margarida Belém defende que o Coopjovem é assim uma oportunidade não apenas para os jovens "rentabilizarem as potencialidade do concelho de forma colectiva, agrupando-se", mas também para "criarem o seu próprio emprego e até outros postos de trabalho".

Aplicável apenas ao território de Portugal Continental, o programa Coopjovem visa apoiar cidadãos dos 18 aos 29 anos que pretendam fundar uma cooperativa que integre de três a nove elementos ou criar uma secção nova numa cooperativa agrícola já existente e que tenha até dez trabalhadores. O programa é promovido e executado pela Cases - Cooperativa António Sérgio para a Economia Social e os seus destinatários devem "ser detentores de uma ideia de negócio com potencial de crescimento e que responda a uma necessidade dos seus membros".

Segundo fonte do Portugal2020, o objetivo é apoiar esses jovens no desenvolvimento de uma "cultura solidária e de cooperação, facilitando a criação do seu próprio emprego e a definição do seu trajeto de vida". Para isso, os abrangidos da medida irão ter acesso a uma bolsa durante o desenvolvimento do seu projecto cooperativo e receber apoio técnico em formação, mentoria e acompanhamento, para que possam alargar as suas competências na área do empreendedorismo cooperativo. Os beneficiários do programa contarão também com apoio financeiro para a criação e instalação da cooperativa e acesso a crédito ao investimento, "bonificado e garantido".

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