A empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) promete investir, nos próximos três anos, na melhoria das condições de segurança rodoviária no troço da Estrada Nacional 3 que liga as vilas de Azambuja e do Carregado. Em resposta às questões colocadas pelo PÚBLICO, o gabinete de comunicação da Infraestruturas de Portugal informou, esta segunda-feira, que a IP tem previstas várias intervenções naquela troço para executar em 2017 e 2018 e que a empreitada de “grande requalificação” da via está programada para 2019.

Recorde-se que, na semana passada, foi apresentada publicamente a “Plataforma EN 3”, um movimento de cidadãos que reclama obras urgentes no troço da Nacional 10 que liga Azambuja ao nó do Carregado . Este movimento, que tem o apoio expresso da Câmara de Azambuja, já lançou uma petição pública (nesta altura com 640 subscritores) e pretende levar a discussão do assunto a plenário da Assembleia da República. O presidente da direcção dos Bombeiros de Azambuja é um dos fundadores desta “Plataforma EN 3”, que apurou que, entre os anos 2000 e 2015, já se verificaram neste troço 457 acidentes, que originaram 30 vítimas mortais e 67 feridos graves. Em 2016, esta parcela da Estrada Nacional 3 já foi palco de mais algumas dezenas de acidentes, com pelo menos duas vítimas mortais.  

A Infraestruturas de Portugal disse, agora, ao PÚBLICO, que, nos próximos dois anos, serão feitos trabalhos que incluem “a reformulação do ilhéu na rotunda e zonas adjacentes, numa extensão de cerca de 300 metros” junto à vila do Carregado (concelho de Alenquer) e a “instalação de sistema semafórico no Carregado”. Estão, igualmente, previstos trabalhos de “tratamento nas zonas urbanas” e de “reformulação de vários cruzamentos e entroncamentos ao longo de 15 quilómetros da EN3 abrangendo os concelhos da Azambuja e Alenquer, num investimento estimado em 1 milhão de euros”.

De acordo com a mesma fonte, “para 2019 está programado o lançamento da obra de grande requalificação entre Carregado e Vila Nova da Rainha, numa extensão de 4,7 quilómetros”, também com um custo aproximado de 1 milhão de euros. “Conjuntamente com o trabalho regular de manutenção corrente que a IP realiza nesta via, a concretização destas intervenções permitirá a melhoria das condições de segurança neste troço em questão, entre os quilómetros 0 e 17, onde nos últimos cinco anos (2011-2015), segundo os dados da ANSR (Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária), há a lamentar um total de 4 vítimas mortais e de 17 feridos graves resultantes de acidentes de viação”, conclui a IP.