PS acusa Governo de Passos de seguir “padrão” e esconder problemas antes das eleições

Pareceres da IGF que mostravam aumento das imparidades estiveram guardados durante seis meses.

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João Galamba é o porta-voz do PS Nuno Ferreira Santos

O porta-voz do PS, João Galamba, criticou nesta segunda-feira o que diz ter sido um "padrão" do anterior Governo face ao sistema financeiro, nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos (CGD), escondendo problemas antes das eleições.

Nas últimas duas semanas, frisou Galamba à agência Lusa, duas notícias "vieram confirmar um padrão de comportamento do anterior Governo em relação ao sector financeiro e em particular à CGD". Primeiro, apontou, o Tribunal de Contas acusou as Finanças de falta de controlo na CGD entre 2013 e 2015 (com PSD e CDS no poder), e nesta segunda-feira o PÚBLICO noticia que o executivo só "despachou relatórios" sobre a entidade a 15 dias das eleições legislativas de 2015.

"O padrão parece ser óbvio: evitar reconhecer o problema aumentando, portanto, o problema, e tentar não perturbar o período pré-eleitoral, sacrificando com isso o banco e o erário público", advogou João Galamba, para quem um "problema pode ficar escondido, mas seguramente não fica menor".

Pareceres da Inspeção-Geral das Finanças que mostravam um aumento das imparidades estiveram, tal como o PÚBLICO noticiou, guardados durante seis meses, tendo os documentos sido despachados a duas semanas do sufrágio de 2015.

O atual Governo, diz o porta-voz do PS, "está a resolver os problemas no sector" financeiro, inclusive na Caixa, e, mesmo admitindo que "nem tudo foi perfeito" no processo do banco público, António Costa e o seu executivo têm "resolvido os problemas que o anterior Governo não resolveu ou até agravou".

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