Amazon prepara-se para abrir a primeira loja sem caixas registadoras

A AmazonGo é possível graças a um conjunto de sensores e Inteligência Artíficial. Basta entrar, escolher e sair.

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Para já, a loja está em fase beta, mas a inauguração ao público está prevista para o início de 2017 Reuters/JASON REDMOND

A Amazon apresentou, esta segunda-feira, a sua mais recente aposta: Just Walk Out, um novo tipo de loja física sem filas e sem caixas registadoras. O cliente entra, escolhe o que quer comprar e sai. O pagamento é feito a partir da aplicação Amazon Go.

A Amazon vai abrir a sua primeira loja física em Seattle, cidade natal da empresa, nos EUA. Prevê-se que o espaço, com 170 metros quadrados, abra ao público no início de 2017.

Por enquanto, ainda está em versão beta, mas o objectivo é que a experiência de compra real se assemelhe à digital – sem filas, sem tempo de espera, apenas pegar no que se quer comprar e sair.

Ao entrar na loja vai ser necessário digitalizar o código pessoal do cliente, disponível na aplicação Amazon Go. Dentro da loja, um conjunto de sensores e processos de inteligência artificial sabem exactamente o que é retirado das prateleiras (ou devolvido, em caso de reconsideração). “Esta experiência é possível graças ao mesmo tipo de tecnologia usada em carros autónomos”, pode ler-se na página da AmazonGo.

Os produtos vão sendo adicionados ao carrinho e no final, o cliente recebe, através da aplicação, o recibo no telemóvel e o total é descontado do seu saldo na conta Amazon.

Por enquanto, estas lojas vão apenas vender produtos alimentares.

O lançamento da AmazonGo já despertou polémica, uma vez que os utilizadores não sabem de que forma pode ser usada a informação recolhida pela aplicação. Como tudo se passa dentro da conta AmazonGo, a empresa pode utilizar as informações sobre os produtos comprados e devolvidos à prateleira para fazer sugestões, um pouco à semelhança do que acontece nas loja online

Outro dos focos de discussão prende-se com o facto de estar ser a primeira loja do mundo sem operadores de caixa. A tendência para a crescente automatização terá consequências no mercado de trabalho, visto que a mão-de-obra humana será cada vez menos necessária. A Amazon, em particular, tem feito um esforço no sentido de automatizar muitas funções que antes eram feitas por humanos. As entregas são exemplo disso: a empresa tem estado a desenvolver um drone que substitui a função do estafeta.  

Já não é a primeira vez que a gigante norte-americana experimenta abrir lojas físicas. A primeira foi uma livraria, inaugurada em 2015, também em Seattle

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