PSD: Coligação com o CDS ou candidato próprio?

Foto
Assunção Cristas já anda em campanha por Lisboa Nuno Ferreira Santos

Depois de Pedro Santana Lopes se ter deslocado à sede do PSD, na passada quarta-feira, para comunicar a decisão de não concorrer a Lisboa, voltou a estar em cima da mesa um eventual apoio do PSD a Assunção Cristas. Essa opção divide os sociais-democratas – e vai contra a orientação de que o partido terá um “candidato próprio” – mas seria a cereja em cima do bolo para a líder do CDS.

Os centristas têm argumentado que, com o apoio do PSD, a candidatura teria hipóteses de disputar a câmara de Lisboa a Fernando Medina. Não só porque o centro-direita estaria unido mas também porque a candidatura é protagonizada por uma mulher que tem hipóteses de penetrar no eleitorado da capital.

A coligação PSD/CDS foi defendida pelo deputado municipal do PSD Sérgio Azevedo. Numa nota publicada no Facebook, o deputado sustentou que PSD e CDS têm “obrigação” de falarem sobre o assunto, “sem egos e sem conclusões antecipadas”, tendo em conta o resultado dos dois partidos nas últimas legislativas na capital. “Depois disso, o que for será. Mas as expectativas dos lisboetas numa alternativa mobilizadora e credível obriga-nos a isso”, escreveu o conselheiro nacional do PSD. Há algumas semanas, o coordenador do programa do PSD de Lisboa, José Eduardo Martins, não fechou a porta a essa coligação, mas há dirigentes que são abertamente contra.

A hipótese de uma coligação em Lisboa não tem estado desligada da possibilidade de uma aliança no Porto, onde o PSD também ainda não apresentou candidato. O eventual acordo em Lisboa como moeda de troca pelo apoio do CDS ao candidato social-democrata no Porto tem um problema: É que Assunção Cristas já declarou o apoio a Rui Moreira, em Março passado, quando foi eleita líder do CDS. Entre os centristas há quem não veja esta decisão como irreversível, mas a líder do CDS garante que não vai voltar atrás. Há quem veja esta atitude do CDS de desprendimento face a Rui Moreira como pressão para o candidato envolver o partido nas listas, já que a candidatura, que será independente, conta também com o apoio do PS. 

Sugerir correcção
Comentar