Ao fim de 520 minutos, Rui Pedro voltou a fazer o Dragão festejar

Sp. Braga jogou 55' em inferioridade numérica, mas uma grande exibição de Marafona e a falta de eficácia portista manteve o empate até aos 95’, quando o jovem de 18 anos ofereceu a vitória ao FC Porto.

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Miguel Riopa/AFP

O filme parecia querer repetir-se e o FC Porto parecia condenado a terminar o quinto jogo consecutivo sem marcar, mas no último suspiro, Rui Pedro assumiu o papel de herói. Após desperdiçar uma mão cheia de oportunidades flagrantes e uma grande penalidade, os portistas tiveram que esperar até ao minuto 95, quando o jovem avançado de 18 anos, que tinha entrado aos 75 minutos, surgiu na cara de Marafona e, com classe, colocou a bola no fundo da baliza bracarense. Com a vitória, por 1-0, frente ao Sp. Braga, o FC Porto recupera o terceiro lugar.

Sem qualquer baixa, Nuno Espírito Santo trocou apenas Layún por Alex Telles, mas manteve o desenho habitual e o problema do FC Porto manteve-se: apesar de dominar e de criar oportunidades flagrantes, no momento decisivo a inépcia portista ou o mérito dos rivais parecia querer manter o divórcio entre os “dragões” e o golo.

Já Peseiro, que tinha uma baixa de peso em cada sector (Ricardo Ferreira na defesa, Mauro no meio-campo e Pedro Santos no ataque), mostrou audácia no Dragão ao apostar em quatro jogadores de características ofensivas, mas apenas nos 20 primeiros minutos conseguiu repartir o domínio do jogo.

Após um início equilibrado, Jota desperdiçou a primeira grande oportunidade aos 21’ e, a partir daí, Marafona não teve descanso. Em cima da meia hora, Óliver e Maxi, no espaço de dois minutos, tiveram a oportunidade de inaugurar o marcador, mas o maior desperdício foi de André Silva: aos 37’, Artur Jorge fez falta na área e foi expulso, mas o “10” do FC Porto, pela segunda vez nesta época, falhou um penálti. Em superioridade, os portistas aumentaram a pressão e, até ao intervalo, Marafona e o poste (remate de Danilo) impediram o golo portista.

Com Rosic no lugar de Stojiljkovic, o Sp. Braga reorganizou-se para a segunda parte e entregou por completo o domínio aos “azuis e brancos”. Com o jogo a ser disputado, como Nuno Espírito Santo diz querer, em 60 metros, a partida passou a ser de sentido único, mas André Silva continuava em noite desastrada: aos 58’, isolado, rematou por cima. E quando não era a falta de acerto dos portistas, estava lá Marafona. O guarda-redes esteve sempre intransponível e impediu que Brahimi (65’ e 79’) e Maxi (75’) marcassem.

Com a intranquilidade a aumentar dentro e fora do campo, a inevitável atracção pelo nulo do FC Porto parecia manter-se, mas após mais de sete horas e meia sem festejar qualquer golo, os adeptos portistas explodiram de alegria: após um excelente passe de André Silva, Rui Pedro não tremeu e colocou a bola sobre Marafona. Com classe, o jovem avançado assumiu o papel de herói.

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