Marcelo: o feriado do 1.º de Dezembro "nunca deveria ter sido suspenso"

O Presidente enalteceu a independência ética, política e económica do país, advertindo para a necessidade de haver "rigor".

Marcelo Rebelo de Sousa pediu nesta quinta-feira, Dia da Restauração, que se celebre o futuro de Portugal, “mais do que o passado e o presente", e enalteceu a independência ética, política e económica do país – embora lembrando a necessidade de "rigor".

"O que celebramos e celebraremos sempre é a nossa pátria e a nossa independência", vincou o Presidente da República, falando em Lisboa nas comemorações do 1.º de Dezembro.

Depois, o chefe de Estado elencou as várias áreas de independência de Portugal que devem ser valorizadas: primeiro abordou "independência política, que tanto deve" às forças armadas, e depois falou também na "independência ética", que "impõe o respeito e a dignidade da pessoa humana" e o respeito pela "vida comunitária, em particular no serviço público e na gestão do dinheiro público".

No que diz respeito à "independência financeira e económica", Marcelo sublinhou que esta "exige rigor, crescimento, emprego e justiça social e recusa sujeições espúrias, subserviências intoleráveis e minimizações inaceitáveis". E foi mais longe: "Todos sabemos que os nossos compatriotas são cá dentro e lá fora os melhores dos melhores".

Na sua intervenção, de menos de dez minutos, o chefe de Estado disse que o feriado do 1.º de Dezembro "nunca deveria ter sido suspenso". O 1.º Dezembro foi um dos quatro feriados suprimidos a partir de 2013 pelo Governo PSD/CDS-PP, entretanto repostos este ano pelo Governo socialista de António Costa.

O Presidente da República e o primeiro-ministro, António Costa, participaram e discursaram nesta quinta-feira na comemoração oficial do Dia da Restauração, em Lisboa, a primeira desde que o feriado do 1.º de Dezembro foi reposto. A cerimónia foi promovida e organizada pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, o Movimento 1.º Dezembro de 1640 e a Câmara de Lisboa.

A última intervenção da cerimónia coube ao Presidente da República, antecedido pelos discursos do primeiro-ministro, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do coordenador-geral do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro, e do presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Alarcão Troni.

A cerimónia central das comemorações do 1.º Dezembro terminou com a deposição de coroas de flores de homenagem aos heróis da Restauração.

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