Desempregados de Celorico de Basto estão a ser formados para novas empresas de calçado

A formação do Centro de Formação de Calçado abrange actualmente 30 pessoas e há várias dezenas em lista de espera.

Foto
Diogo Baptista

O Centro de Formação de Calçado está a qualificar desempregados, na zona industrial de Crespos, Celorico de Basto, para as unidades daquele sector que se estão a instalar neste concelho.

A acção decorre no âmbito de um acordo estabelecido entre aquela entidade formativa, com instalações em S. João da Madeira e Felgueiras, a Câmara de Celorico de Basto e a Empresa Municipal Qualidade de Basto, disse esta terça-feira à Lusa o presidente da autarquia, Joaquim Mota e Silva.

A formação, que abrange actualmente 30 pessoas, destina-se a atuais desempregados, preparando-os para responder à crescente procura de recursos humanos que se verifica no concelho, por parte de empresas de calçado, a maioria do concelho vizinho de Felgueiras.

Em lista de espera para formação encontram-se algumas dezenas de pessoas, o que traduz, segundo o autarca, o interesse da população nas novas oportunidades de emprego.

A formação ministrada tem carácter intensivo, com a duração de quatro meses, dotando as pessoas de "qualificações necessárias para trabalhar em qualquer fábrica de calçado".

Joaquim Mota e Silva explica que a instalação de novas unidades industriais no concelho vai com continuar a aumentar, estimando que no próximo ano sejam criados mais de 200 empregos.

Questionado sobre o que explica o interesse das empresas de Felgueiras, o autarca de Celorico de Basto respondeu que há "uma acção directa" do seu município com as unidades industriais do concelho vizinho, proporcionando-lhes uma política de menor burocracia e outros apoios ao investimento.

"Nós queremos que as empresas se instalem em Felgueiras e sejam competitivas. Por isso, esta aposta na formação dos recursos humanos e nas acessibilidades", frisou o presidente de Celorico de Basto.

Recentemente, a câmara anunciou um conjunto de apoios para as pessoas com rendimentos mais baixos que tenham de realizar deslocações para as empresas, nos domínios dos transportes, alimentação e encargos com a educação dos filhos.

À Lusa, o autarca frisou que os resultados desta estratégia têm sido positivos, com uma diminuição de 20% nos números do desemprego, contando-se apenas cerca de 1000 pessoas sem trabalho no concelho, um número que, previu, deverá diminuir em 2017.

Sugerir correcção
Comentar