Nespresso quer duplicar a taxa de reciclagem até 2020

Marca incentiva clientes a reciclarem cápsulas usadas. O alumínio pode ser reutilizado e as borras do café usadas para adubo.

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CARLA CARVALHO TOMAS / PUBLICO

Para onde vão as cápsulas do café depois de usadas? Reciclá-las para entregar na escola do filho para a educadora fazer bonecos, colares ou mesmo árvores de Natal não é suficiente, por isso há algum tempo que a Nespresso incentiva os clientes portugueses a guardarem as cápsulas de alumínio e a entregá-las nas lojas ou em pontos de reciclagem específicos como os que existem em alguns supermercados – ao todo são 290 pontos, espalhados por todo o país.

Mas desta vez, a marca suíça vai mais longe e propõe-se a duplicar a taxa de reciclagem até 2020, dos actuais 15% para 30%, anuncia Stefano Goglio, director-geral da Nespresso Portugal, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Actualmente, o alumínio que volta à Nespresso é 100% reciclado – Goglio diz que a reciclagem de seis cápsulas permitem obter energia para ver 90 minutos de um jogo de futebol na televisão –; e as borras do café que são retiradas das cápsulas são usadas para compostos de adubos que são aplicados em campos de arroz. Este ano, o Banco Alimentar Contra a Fome (BA) recebeu 65 toneladas de arroz, resultado da reciclagem das cápsulas, confirma Isabel Jonet, presidente do BA, no mesmo encontro, lembrando que a empresa é parceira daquela organização há seis anos.

Assim, para facilitar e promover a reciclagem, a Nespresso lançou há uma semana o projecto Recycling@home: na entrega de uma encomenda em casa, os clientes podem devolver as cápsulas usadas num saco criado para o efeito – a marca tem também um pequeno caixote do lixo (20 euros). O objectivo é garantir 100% da capacidade de recolha, o que neste momento se situa nos 89%.

Este projecto já existe em 15 países e chega agora a Portugal. Foi em 1991 que a Nespresso lançou o primeiro sistema de reciclagem na Suiça.

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