Luís Montenegro considera situação da CGD democraticamente muito deprimente

O líder parlamentar do PSD diz que o Governo está a falhar no grande objectivo de recolocar a Caixa como motor do sistema bancário português.

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Luís Montenegro, chefe da bancada do PSD, acusa Governo de não dar "estabilidade" à CGD Martin Henrik

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou que "a polémica" em torno da Caixa Geral de Depósitos é um "espectáculo político e democraticamente muito deprimente" e que revela um Governo "sem ética e sentido de Estado".

"Este processo é uma vergonha nacional e é uma vergonha nacional porque se arrasta há dez, quase 11 meses, porque toda a gente percebeu que esta administração da Caixa colocou condições para poder ser nomeada e que o Governo lhe deu essas condições e, agora, pressionado pela opinião pública está a tentar dar o dito por não dito", disse na segunda-feira à noite em Vila Nova de Gaia.

Durante o debate do Clube dos Pensadores, presidido por Joaquim Jorge, o social-democrata considerou que o Governo de António Costa "tem feito tudo menos dar estabilidade" à CGD, frisando que "são notícias em cima de notícias", desde o plano de recapitalização e restruturação até aos administradores e aos seus salários.

Para o chefe da bancada do PSD, os membros do Governo dizem uma coisa e o seu contrário e o seu responsável máximo, o primeiro-ministro António Costa "lava as mãos" de toda esta situação porque "acha que não é nada com ele".

"Acho que é um espectáculo político e democraticamente muito deprimente", frisou.

O Governo PS tem "perdido muito tempo" com este episódio, em vez de fazer aquilo que é importante, que é recolocar a caixa como motor do sistema bancário português com total amplitude na sua acção para poder financiar a economia, as pequenas e médias empresas e continuar a ser o garante dos depósitos dos cidadãos portugueses, realçou o social-democrata.

Em causa, em toda a polémica, está o impasse gerado relativamente à apresentação das declarações de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional por parte da nova equipa de gestão do banco público, que, segundo as notícias que têm vindo a público, entende que não está obrigada a fazê-lo.

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