Ele passou mais de 20 anos a "fotografar" o mundo em raio X

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Ao longo dos seus mais de 20 anos de carreira, Nick Veasey já radiografou mais de quatro mil objectos: flores, jogadores de futebol americano, despertadores, tractores, aviões, morcegos, etc. É fascinado por raio X, disse em entrevista ao P3. "Adoro explorar o interior das coisas, não o exterior, e tenho a sorte de ter encontrado uma área que serve esse interesse. Há muito para explorar através de raio X." Não foi uma decisão consciente, a de dedicar a sua vida a fazer imagens do interior de objectos e seres-vivos. "Crio imagens raio X de coisas que nunca foram radiografadas antes, o que, por vezes, se pode revelar muito complexo. Mas as imagens que obtenho são muito fortes e sinto-me muito orgulhoso por isso." Para realizar estas poderosas imagens, Veasey recorre ao uso de maquinaria industrial, tipicamente utilizada na restauração de peças de arte (exames de pinturas a óleo), na produção de peças electrónicas (nomeadamente, de placas de circuitos) e equipamento de uso militar (usado normalmente para detectar danos internos em tanques). Retratar seres humanos, ao contrário do que se poderia esperar, é um dos processos mais complexos. A nitidez das imagens implica a exposição dos corpos a níveis altíssimos de radiação, motivo por que é comum a utilização de cadáveres que foram doados à ciência para a captura. Só nessas condições um corpo suportaria 12 minutos de exposição a radiação. Nick Veasey não tem a certeza se pode ser considerado um fotógrafo. "Não uso uma câmara, então acho que não sou fotógrafo. Por outro lado existem outros fotógrafos que não utilizam uma câmara para criar imagens, como a Anna Atkins ou Adam Fuss ou Hiroshi Sugimoto. Por isso não tenho a certeza." Não é, na verdade, uma questão que o preocupe. Interessa-se, sim, pela qualidade, integridade e mensagem do trabalho que produz, que vê como 'statement' contra a obsessão da sociedade moderna pela superficialidade". "É apenas o que está dentro que importa, não o que está à superfície. Afinal, amor verdadeiro também vem de dentro." O trabalho de Veasey já mereceu destaque na revista "TIME", no jornal "The Telegraph", "Wired", "The Independant", entre outras publicações de igual relevância.

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