O colectivo luso-angolano Força Suprema, um fenómeno de popularidade nos últimos tempos no campo da música rap, no eixo Angola-Portugal, vai lançar o primeiro álbum em Portugal na próxima sexta-feira, mas até lá – esta quarta e quinta – o registo estará no site do PÚBLICO em exclusivo para audição. O álbum, que é também um DVD, chama-se E a União Fez a Força, contendo 13 faixas, que testemunham a história, vivências e cultura do carismático colectivo.

O núcleo duro do colectivo (NGA, Prodígio, Don-G e Masta) vive há mais de 20 anos em Portugal, tendo-se tornado nos últimos anos num acontecimento, graças à sua música, videoclipes e à forma como comunicam via plataformas digitais.

No ano passado, numa reportagem e entrevista, publicada no suplemento Ípsilon, reflectíamos que os Força Suprema estavam no activo há mais de uma década, vivendo à margem da invisibilidade mais institucional, mas com uma ligação de grande proximidade com o seu público. Muito público, aliás. Basta consultar o número de visualizações dos seus vídeos no YouTube, ou assistir aos espectáculos por esse país fora, para se perceber que foram ao longo dos anos construindo uma base de fiéis seguidores.

Na altura diziam-nos que haviam nascido em Angola, acabando por vir para Portugal com os familiares em fuga da guerra. “Estou aqui há cerca de 20 anos”, lembrava NGA, “vim com a minha mãe, como quase todos nós, fugindo dos conflitos, e a Linha de Sintra acabou por ser a zona mais natural para nós, porque é um dos lugares em toda a Europa com mais imigrantes africanos.”

Todos eles têm discos a solo, participando nos discos uns dos outros. Agora chega aquele que eles consideram ser o verdadeiro primeiro álbum dos Força Suprema, tendo assinado pela Sony para o seu lançamento. Sai sexta. Mas até lá pode ser ouvido aqui em streaming.