Marques Mendes diz que polémica da Caixa deixou Centeno "em maus lençóis"

"Ou eles apresentam declarações rapidamente ou é caso para dizer desamparem a loja", disse comentador, sobre os gestores da CGD.

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Nelson Garrido

O dossier da Caixa Geral de Depósitos “já cansa” e “cheira mal”:  por isso está na hora de os membros nomeados para o conselho de administração dizerem de uma vez por todas “se saem ou se ficam”. No seu habitual comentário na SIC, Luís Marques Mendes não poupou nas palavras que dirigiu aos dirigentes da Caixa Geral de Depósitos, a quem acusou de estarem a olhar "para o próprio umbigo" e não para os problemas do banco público. E colocou-se ao lado do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa, que em declarações ao PÚBLICO lembrou que o Tribunal Constitucional já lhes pediu as declarações. Por isso, diz Marques Mendes, está na altura de acabar com “esta telenovela”: "Ou eles apresentam declarações rapidamente ou é caso para dizer desamparem a loja".

Uma das principais conclusões que o comentador do PSD faz deste “lamentável episódio” é que o ministro das Finanças, Mário Centeno, está em “muito maus lençóis”. “Primeiro, porque criou toda esta confusão ao aceitar o pedido de Domingues para não apresentar as declarações de rendimentos”, argumenta Luís Marques Mendes.

Na opinião do comentador António Costa só não avança com uma remodelação do ministro por falta de alternativas. “Eu diria que [Mário Centeno] fica [no Governo], mas apenas por uma razão: porque é difícil encontrar quem aceite ser ministro das Finanças num Governo como este”, argumenta, para concluir: “Ou seja, não fica pelos seus méritos mas sim por exclusão de partes”.

Marques Mendes admite que a questão da recapitalização da Caixa, que já foi conseguida, é “talvez o maior sucesso político do mandato” de António Costa. Mas a nomeação da administração é o grande calcanhar de Aquiles, sobretudo de Mário Centeno, afirmou.

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