Correia de Campos diz que a sua eleição para o CES foi “normal”

Presidente do CES foi recebido pelo líder da bancada do PS.

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Correia de Campos não fala, por ora, do Orçamento para 2017 Enric Vives-Rubio

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), António Correia de Campos, rejeitou neste terça-feira sentir mágoa por só ter sido eleito para o cargo à segunda tentativa e com uma margem de apenas um voto. O parecer do CES sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017 vai ser entregue ao Parlamento no dia 17 deste mês.

“Não, não [sinto mágoa]. Sou profundamente crente na democracia. Foi um processo normal e natural”, afirmou aos jornalistas o presidente do CES, à saída de uma audiência com o líder da bancada do PS, Carlos César, no Parlamento. Segundo Correia de Campos, a audiência, que durou perto de meia-hora, serviu para a apresentação de cumprimentos, num gesto que se estenderá aos líderes das restantes bancadas parlamentares.

O antigo ministro da Saúde em governos do PS, liderados por Guterres e Sócrates, escusou-se a responsabilizar qualquer bancada pelo insucesso da primeira tentativa da sua eleição, em Julho passado, desvalorizando esse chumbo. 

Questionado sobre as garantias de isenção que dará no desempenho do cargo, Correia de Campos lembrou que já prestou provas perante os deputados em comissão e que os parlamentares confirmaram o seu reconhecimento com a eleição. O candidato obteve a maioria absoluta de votos – 146 – à segunda tentativa, a 14 de Outubro passado, somando apenas mais um voto do que o necessário para ser eleito. O nome do candidato tinha sido acertado entre PS e PSD, já que a eleição para o CES exige uma maioria de dois terços dos deputados. 

Questionado se está optimista sobre a concertação social, o presidente do CES afirmou que “o país está mais descomprimido”, depois das dificuldades que enfrentou, e salientou o papel do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como grande promotor da concertação social.

O parecer do CES sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017 será entregue no dia 17, depois de votada em plenário pela Assembleia da República. Até lá, Correia de Campos não se quer pronunciar sobre a proposta orçamental.

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