MP acusa 13 arguidos de perseguirem com violência e roubarem jogadores de casino

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MIGUEL MADEIRA / PUBLICO

O Ministério Público (MP) requereu o julgamento em tribunal colectivo de 13 arguidos que actuavam em grupo e, com recurso à violência, seguiam frequentadores do Casino de Lisboa, obrigando-os a entregar elevadas quantias em dinheiro e objectos de valor.

Numa nota publicada na página da Internet, nesta quarta-feira, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) adianta que o MP acusou os 13 arguidos por associação criminosa, branqueamento de capitais, roubo qualificado, rapto, extorsão, furto, receptação, tráfico de droga, detenção de arma proibida, abuso de cartão de crédito ou garantia e ofensa à integridade física.

A PGDL refere que um dos arguidos criou, antes de Maio de 2015, um grupo, a que aderiram nove outros arguidos, com a finalidade de "se apropriarem do dinheiro que era ganho no jogo por frequentadores do Casino de Lisboa".

Os arguidos, dividindo as tarefas entre si, "estudavam as rotinas das vítimas, seguiam-nas e usando a violência ou privando-as da liberdade obrigavam-nas a entregar avultadas quantias em dinheiro e objectos de valor".

Com os montantes, na ordem dos milhares de euros, os arguidos adquiriram veículos automóveis que foram registados em nome de duas outras arguidas, visando ocultar a sua proveniência ilícita, adianta a PGDL, sublinhando que alguns dos objectos foram adquiridos por outro arguido, que era conhecedor da sua proveniência.

A PGDL acrescenta que um dos arguidos tinha na sua posse uma arma e dois outros dedicavam-se ao tráfico de droga.

Segundo a PGDL, seis dos 13 arguidos encontram-se em prisão preventiva.

O MP, que classificou o processo de "excepcional complexidade", indica ainda que foi requerida a perda a favor do Estado de grande número de bens apreendidos, entre os quais veículos automóveis e elevadas quantias monetárias.

O inquérito foi dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa com a colaboração da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária. 

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