Snapchat e Skype são das aplicações que menos protegem privacidade

Ranking da Amnistia Internacional considera o Messenger do Facebook e o Whatsapp as plataformas de mensagens com maior nível de protecção da privacidade dos seus utilizadores.

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Reuters/LUCY NICHOLSON

As aplicações de mensagens instantâneas Snapchat e Skype, ambas detidas pela Microsoft, são das que menos protegem a privacidade dos utilizadores, segundo a Amnistia Internacional.

A organização elaborou o relatório For your eyes only? Ranking 11 technology companies on encryption and human rights, em que refere 11 empresas tecnológicas organizando-as de acordo com o nível de protecção da privacidade apresentada. No topo da lista surge o Facebook com as suas aplicações Messenger e o Whatsapp.

O Skype e o Snapchat surgem na 8.ª e 9.ª posições respectivamente, apenas à frente do Messenger do Blackberry e do Tencent, em penúltimo e último lugar respectivamente.

A Amnistia Internacional considera a utilização de sistemas de encriptação end-to-end a estratégia mais eficaz para a protecção da privacidade e da liberdade de expressão nas plataformas digitais. Desta forma, apurou-se que tanto o Snapchat como o Skype, apesar de reunirem enorme popularidade um pouco por todo o mundo, estão a falhar na adopção destas ferramentas.

Desta maneira, o relatório sugere três passos-chave a serem adoptados pelas empresas com plataformas de mensagens instantâneas:

  1. Implementar a encriptação end-to-end como padrão para todos os serviços de mensagens instantâneas, e divulgar como fonte aberta todas as partes do código da fonte relevantes para a encriptação;
  2. Informar com clareza os utilizadores dos serviços sobre o nível de encriptação utilizado no serviço e como atenua os riscos para os utilizadores;
  3. Publicar relatórios de transparência com regularidade – com o número de detalhes permitido por lei – com a quantidade e a natureza dos pedidos governamentais para fornecimento de dados dos utilizadores, bem como a resposta dada pela empresa a esses pedidos.

Esta semana o Yahoo! tinha já enviado uma carta a James Clapper, director dos serviços de inteligência norte-americanos, insistindo para que o “Governo dos EUA disponibilize aos cidadãos um esclarecimento” sobre as ordens relativas à segurança nacional para a obtenção dos dados dos utilizadores da empresa.

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