Entrada de empresa de Macau "potencia objectivos" da Global Media

O presidente do grupo, Daniel Proença de Carvalho, assinou um memorando de entendimento com a KNJ Investment Limited.

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O histórico edifício do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, em Lisboa Miguel Manso

O presidente do Conselho de Administração da Global Media, Daniel Proença de Carvalho, disse que a entrada de um accionista de Macau na estrutura da empresa no próximo ano "potencia os objectivos do grupo".

"Mantém-se uma estrutura de capital da Global Media com accionistas portuguesas, um de Angola e agora um accionista de Macau. É uma estrutura accionista que, de certo modo, propicia e potencia os objectivos do grupo, que é ter uma presença significativa não apenas em Portugal, mas também nos países que falam a nossa língua", disse Proença de Carvalho à Lusa, em Macau, depois de ter assinado um memorando de entendimento com a KNJ Investment Limited.

Ao abrigo deste acordo, que as duas partes esperam que esteja concretizado em Março de 2017, a empresa de Macau passará a controlar 30% da Global Media, através de uma injecção de capital.

"O grupo continuará a ter uma orientação de independência procurando uma informação de rigor, de qualidade. Como se sabe, as nossas marcas são marcas líderes em qualidade, em inovação, também no digital. O DN, o JN, a TSF são grandes marcas, históricas, manterão a sua identidade", disse Proença de Carvalho.

O administrador da Global Media sublinhou que a nova estrutura accionista "é equilibrada, tem ainda uma maioria de capital português, de accionistas portugueses, mas tem de facto uma presença de novos accionistas nestas geografias", o que é "extremamente positivo" dado o objectivo de expansão para outros países lusófonos.

"Havendo já, como se sabe, uma presença significativa de investimentos cruzados quer de portugueses no Brasil, Angola, Moçambique, quer de empresas angolanas, brasileiras em Portugal, acho que faz todo o sentido que também na área da comunicação social haja uma presença maior e um maior intercâmbio", afirmou.

O grupo anunciou o acordo com a KNJ no domingo, num comunicado em que afirma que "esta parceria permite promover a actuação da Global Media nos mercados de Macau, Angola, Moçambique e Brasil e implementar processos tecnológicos inovadores, incluindo a criação de uma plataforma física em Macau".

A KNJ Investment Limited vai fazer uma injecção de 17,5 milhões de euros no capital da Global Media, tornando-se o maior accionista do grupo.

A injecção de capital implica a redução das participações atuais dos empresários António Mosquito e Joaquim Oliveira (27,5% cada um), de Luís Montez (15%), do Banco Comercial Português (15%) e do Novo Banco (15%).

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