O furacão Matthew deixou um trilho de destruição após a sua passagem pelo Haiti, no passado dia 4 de Outubro de 2016: 900 mortos, dezenas de milhares de feridos e desalojados, um número incerto de desaparecidos. A comida escasseia, as clínicas não têm mãos a medir com a quantidade de feridos que surgem com fracturas ósseas e sintomas de cólera — causada pela mistura das águas da inundação com as do sistema de esgotos. A tempestado fez com que várias casas fossem arrancadas pelos alicerces, com que os telhados voassem e os conteúdos das casas se espalhassem pelas áreas circundantes. O Haiti, que foi destruído por um violento sismo e tsunami, em 2010, que vitimou mais de 200 mil pessoas, era até há dias um país em tímida recuperação — como deu conta, recentemente, o fotógrafo Bence Bakonyi, no projecto "Haiti: After Five Years", publicado no P3. Dada a gravidade dos danos causados por Matthew, a ONU emitiu um pedido de ajuda internacional para garantir assistência a 1.4 milhões de pessoas. Estima-se que sejam necessários cerca de 100 milhões de euros para dar resposta.