Nobel da Paz para Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos

Líder colombiano distinguido pelo acordo de paz com as FARC.

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AFP/CESAR CARRION

O prémio Nobel da Paz deste ano foi atribuído nesta sexta-feira ao Presidente da Colômbia. Ao receber a distinção, que lhe será entregue no dia 10 de Dezembro, em Oslo, Juan Manuel Santos afirmou que este não era um prémio para si, mas para todo o povo colombiano "que sofreu tanto com esta guerra".

O Presidente colombiano sublinhou que este era "um compromisso para continuar a tentar trazer paz" para o seu país. Juan Manuel dos Santos disse em entrevista à Fundação Nobel que acredita que um acordo de paz está "muito, muito próximo". O chefe de Estado, que é o 15.º a ser distinguido com este prémio durante o exercício das suas funções, sublinhou que "o prémio mais importante de todos é a paz".

A distinção do Presidente da Colômbia sucede ao Quarteto de Diálogo para a Tunísia, composto por quatro organizações que negociaram uma forma de garantir que o país se mantivesse uma sociedade pluralística e democrática, em 2013, num momento de crise após a Primavera Árabe.

Juan Manuel Santos chegou a ser dado como um dos favoritos à vitória, mas depois de os colombianos terem chumbado o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) num referendo as suas hipóteses pareciam menores. Mas final o comité norueguês resolveu mesmo premiá-lo pelo histórico acordo que pôs fim a 50 anos de guerra civil na Colômbia.

Momentos depois do anúncio, Rodrigo Londoño (Timochenko), líder das FARC, veio defender publicamente que o único prémio que as FARC aspiram "é o de paz com justiça social para a Colômbia".

Porquê premiar Juan Manuel Santos depois de o acordo de paz ter sido recusado nas urnas pelos colombianos? “O facto de uma maioria de votantes ter dito não ao acordo de paz não significa que o processo de paz esteja morto”, respondeu a presidente do comité Nobel norueguês, Kaci Kullmann Five.

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