O apelo da Amnistia Internacional: é urgente que mais países acolham refugiados

É um apelo e uma acusação: a Amnistia Internacional aponta o dedo aos países mais ricos pela falta de liderança e apoio na crise dos refugiados. Mais de metade dos refugiados do mundo foram acolhidos por apenas 10 países, que pertencem às nações mais pobres, cujo Produto Interno Bruto é inferior a 2,5%.

Segundo o secretário-geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty, este é um problema de grandes dimensões mas com resolução. Sem respostas eficazes até agora, a Amnistia Internacional diz que é necessário e urgente um plano B: a partilha da responsabilidade no acolhimento aos refugiados. Uma “responsabilidade global de repartição, baseada em critérios objectivos”, onde todos os países se compremetam a acolher os 21 milhões de refugiados do mundo. “Se 60 ou 90 países partilhassem esta responsabilidade, podíamos estar numa situação muito diferente”.

Portugal recebeu, até 27 de Setembro deste ano, 372 refugiados da Grécia, mas prometeu receber 1130

De acordo com dados recentes da Agência de Refugiados da ONU (ACNUR), nem a China, nem a Rússia ou qualquer país do Golfo acolheram refugiados sírios desde o início da guerra. Já a Alemanha e o Canadá foram distinguidos pela Amnistia Internacional como bons exemplos de liderança, ao colocarem promessas em prática e incentivarem outros países ricos a seguirem o seu exemplo.