Há menos pessoas em situação de pobreza extrema depois da crise

Os números são do Banco Mundial que concluem que o número de pessoas em situação de pobreza extrema não parou de diminuir. Ainda assim, o fosso económico está longe de estar corrigido.

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Número tem diminuído, mas ainda existem mais de 766 milhões de pessoas em pobreza extrema Paulo Pimenta/PÚBLICO

Depois da crise financeira mundial, existem hoje menos pessoas a viver em situações de extrema pobreza. Isto é, a diminuição do número de pessoas que sobrevivem com menos de 1,90 dólares por dia (cerca de 1,70 euros) é a maior desde a Revolução Industrial.

Os números são do Banco Mundial, que este domingo publicou um estudo onde conclui que uma em cada dez pessoas vive em situação de pobreza extrema. Em números concretos e de acordo com os dados mais recentes, em 2013 o número de pessoas a sobreviver com cerca de 1,70 euros por dia diminuiu em 114 milhões de pessoas comparativamente com o ano anterior.

De acordo com os analistas, a justificação poderá estar no crescimento económico registado nos últimos 30 anos nas economias emergentes do Brasil, China e Índia. No entanto, em contrapartida, esta diminuição da desigualdade foi acompanhada por um aumento da desigualdade interna registada em cada país, nota o Financial Times.

Os dados citados pelo Financial Times mostram que o Reino Unido foi a economia que mais diminuiu as suas desigualdades depois da crise financeira de 2008. Também os EUA, a Alemanha, o Brasil e a China conseguiram diminuir o fosso de desigualdades económicas. Por outro lado, África do Sul e o Haiti são os países onde as desigualdades económicas são mais acentuadas.

Sem surpreender, os dados confirmam que a pobreza continua concentrada na África do Sul e na África Subsariana, onde estão 650 milhões das 766 milhões de pessoas assinaladas em situação de pobreza extrema.

Na África Subsariana, o número de pessoas a viver em situação de extrema pobreza representa 41% da população.

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