Festival Olhares do Mediterrâneo regressa ao Cinema São Jorge

A terceira edição do festival será em grande parte dedicada ao tema dos refugiados.

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Kusursuzlar, de Ramin Matin (Turquia). DR
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A Caça Revoluções, de Margarida Rego (Portugal, Reino Unido). DR
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Luoghi Comuni, de Angelo Loy (Itália). DR
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Exotica, Erotica, Etc, de Evangelika Kranioti (França). DR

A terceira edição do festival Olhares do Mediterrâneo – Cinema no Feminino começa esta quinta-feira no Cinema São Jorge, em Lisboa, e vai até 2 de Outubro.

Inspirado no festival de Marselha Films Femmes Mediterranée, o Olhares do Mediterrâneo é um festival que começou em 2013, em parceria com o CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, e que apenas apresenta filmes realizados por mulheres de países do Mediterrâneo. Este ano o conceito de cinema no feminino foi alargado à equipa criativa, havendo filmes cujo realizador é um homem, mas em que as mulheres têm grande importância e presença na equipa criativa. 

Esta edição, com mais um dia do que as anteriores, contará com 33 filmes (9 longas-metragens e 24 curtas, de géneros diferentes) de países como Portugal, Espanha, França, Itália, Turquia, Grécia, Egipto, entre outros. Além de cinema, o festival, que tem também uma programação dedicada às crianças, conta ainda com uma série de actividades paralelas como debates, workshops e mercados de livros. Vários realizadores estarão presentes nas sessões.

 É novo este ano o ciclo Travessias, sobre refugiados e migrações forçadas, que será composto por filmes, debates, acolhimento da associação para salvamentos no Mediterrâneo SOS Méditerranée e pela exposição fotográfica Olhares que nos habitam?, de um grupo de mulheres refugiadas em Portugal.

“Este festival vai para lá de ir ao cinema ver um filme e voltar para casa a seguir”, afirma Sara David Lopes, organizadora do festival. “É combater o discurso eurocrata mostrando que pode haver outras realidades e que se pode ser diferente e ser como nós”.

Outra novidade são as sessões especiais para escolas, uma dedicada ao primeiro e segundo ciclos (com seis curtas-metragens infantis)  e a outra ao terceiro ciclo e ensino secundário (com a exibição do documentário marroquino e inglês Pirates of Salé, seguido de debate). Ambas as sessões escolares são gratuitas e contam com cerca de 700 pessoas inscritas. Para Sara David Lopes, “é importante começar a chamar a atenção dos mais novos e desmistificar opiniões sobre o diferente”.

Este ano, há dois júris no festival, o Júri Competição, que atribuirá os prémios de melhor longa e curta-metragem, e o Júri Travessias, que elegerá o melhor filme desse ciclo. Será ainda atribuído um prémio ao filme que o público votar como o melhor do festival.

Os preços por sessão variam entre os 4 e os 3,5 euros (no caso de ser estudante, desempregado ou ter menos de 30 anos ou mais de 65), mas também há passes e bilhetes especiais, como o bilhete de livre-trânsito no festival (custa 40 euros e dá acesso a todas as sessões). As sessões de abertura e encerramento são gratuitas.

 

Texto editado por Isabel Coutinho

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