Queer Porto, ou o regresso de um festival diferente para o Norte

Segunda edição portuense do festival LGBT corre de 5 a 9 de Outubro, poucos dias apenas o encerramento do festival-mãe em Lisboa. Programação inteiramente diferente propõe uma retrospectiva do cinema LGBT americano dos anos 1990

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O festival encerra a 9 de Outubro com a exibição da comédia de Mandie Fletcher Absolutely Fabulous. dr

Ainda o Queer Lisboa está fresquinho na memória e a organização do festival de cinema LGBT avança já para o Queer Porto, cuja 2.ª edição decorre de 5 a 9 de Outubro no Rivoli e nos espaços Mala Voadora e Maus Hábitos. Apresentada em conferência de imprensa na tarde desta terça-feira, a programação do Queer Porto mantém-se – como já afirmara ao PÚBLICO o seu director João Ferreira - diferente e autónoma da edição lisboeta, abrindo a 5 com La Vanité do cineasta suíço Lionel Baier (As Ondas de Abril) e encerrando a 9 com a exibição da comédia de Mandie Fletcher Absolutely Fabulous.

O destaque maior da vertente portuense do Queer será a mini-retrospectiva dedicada ao New Queer Cinema norte-americano, com seis dos titulos fulcrais desta vaga “identificada” pela crítica e americana B. Ruby Rich: The Living End de Gregg Araki, Mala Noche de Gus van Sant, Poison de Todd Haynes, Swoon de Tom Kalin, Go Fish de Rose Troche e The Watermelon Man de Cheryl Dunye. A retrospectiva será acompanhada no Porto pela presença de Tom Kalin e de Cheryl Dunye.

O Queer Porto propõe igualmente uma competição oficial com oito títulos, entre os quais Te Prometo Anarquía do mexicano Julio Hernández Cordón (estreado em Locarno 2015), Antonia de Ferdinando Filomarino, produzido por Luca Guadagnino, e o controverso documentário neo-zelandês Tickled de David Farrier e Dylan Reeve. O espaço Mala Voadora receberá uma pequena competição de curtas-metragens de escola realizadas por cineastas do Norte do país, enquanto o Maus Hábitos acolherá o proverbial programa de telediscos Queer Pop. O programa completo pode já ser consultado no site www.queerporto.pt

Enquanto o Queer Porto começa a engrenar, o Queer Lisboa encerrou em festa no sábado, 24, com uma cerimónia de entrega de prémios que recompensou os filmes Antes o Tempo Não Acabava dos brasileiros Sérgio Andrade e Fábio Baldo (melhor longa de ficção), Irrawaddy mon amour dos italianos Valeria Testagrossa, Nicola Grignani e Andrea Zambelli (melhor longa documental), 1992 do francês Anthony Doncque (melhor curta) e Children, Madonna and Child, Death and Transfiguration do português Ricardo Vieira Lisboa (melhor curta de escola). 

 

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