Parece que estamos muito satisfeitos com a Uber

"Percepção de boa qualidade de serviço" foi apontada por 99% dos inquiridos como a principal razão que os motivou a usar a Uber pela primeira vez

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Bruno Lisita/Arquivo

Um inquérito do ISCTE, divulgado esta sexta-feira, 23 de Setembro, apurou um elevado grau de satisfação entre os clientes da Uber com o serviço recebido, o que se traduziu na recomendação desta alternativa de transporte a amigos. Segundo o comunicado, o inquérito incidiu sobre uma amostra de 900 pessoas (600 não utilizadores do serviço e 300 utilizadores), com idades entre os 25 e os 44 anos, tendo o trabalho de campo sido realizado em Agosto último.

Pedro Fontes Falcão, coordenador da investigação e docente da ISCTE Business School, realçou, em comunicado, que "as avaliações (dos clientes da Uber) são fortemente positivas, na vertente da qualidade de serviço, orientação para o cliente, experiência emocional e vínculo afectivo, bem como fidelização à marca".

Das conclusões da investigação, realizada pelo centro de empreendedorismo do ISCTE, designado Audax, foi destacada a razão que motivou os utilizadores a usar a Uber pela primeira vez, a saber, "a percepção de boa qualidade de serviço", apontada por 99%.

Entre os que repetiram a utilização do serviço, o conforto, destacado por 99%, e a segurança de condução do motorista, mencionada por 96%, foram as explicações mais salientes. Não é assim de admirar que 96% dos utilizadores concordem com a continuação da operação desta plataforma de transporte em Portugal, onde está disponível em Lisboa, no Porto e no Algarve.

A Uber, que chegou a Portugal em 2014, tem suscitado fortes reacções negativas dos taxistas. As organizações representativas do sector do táxi anunciaram uma concentração em Lisboa, a 10 de Outubro, para contestar a actividade de plataformas como a Uber e a Cabify (que permitem pedir carros de transporte de passageiros, com uma aplicação para "smartphones" que liga quem se quer deslocar a operadores de transporte), por considerarem que funcionam de forma ilegal.

O presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT) espera reunir 6000 veículos no protesto. "Só estamos a pedir uma coisa: o governo tem que fazer cumprir a lei", afirmou Carlos Ramos, em declarações à imprensa, no dia 17. Insistindo na consideração de ilegalidade destas plataformas, Carlos Ramos insistiu: "Não podem circular na cidade de Lisboa. Têm que ser apreendidos. Se o Governo não o fizer, nós temos que os fazer parar e queremos fazê-lo de forma pacífica mas se acontecer alguma coisa responsabilizamos o Governo".

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