Testes nucleares são para continuar, reforça Coreia do Norte

O país defende que está apenas a garantir a sua protecção.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros falou esta sexta-feira na sede das Nações Unidas TIMOTHY A. CLARY/AFP

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte defendeu esta sexta-feira durante o encontro na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, que o recurso a armas nucleares se inclui no “direito às medidas de defesa” do país contra “as constantes ameaças nucleares dos EUA”.

Ri Yong Ho sublinhou que “as armas nucleares são uma política do nosso Estado”, citado pela agência Reuters. “Enquanto existirem Estados com armas nucleares numa relação hostil com a República Popular Democrática da Coreia, a nossa segurança nacional e a paz com a Península Coreana apenas pode ser defendida com uma dissuasão nuclear de confiança e eficaz”.

Além de defender as armas actuais, o ministro norte-coreano avisou que o seu país “irá continuar a tomar medidas para fortalecer o armamento nuclear nacional, tanto em quantidade como em qualidade”. No dia 9 deste mês, o país realizou o quinto e maior teste nuclear registado.

Para o governante de Kim Jong-un, a Península Coreana é “o local mais perigoso do mundo” e a qualquer momento “uma guerra nuclear pode despoletar”. A culpa, reforça, é responsabilidade “directa” dos EUA [principal aliado da Coreia do Sul]. Ri Yong Ho acusou os EUA e a Coreia do Sul de estarem “a conduzir exercícios nucleares de forma massiva”, com o objectivo de destruir a liderança da Coreia do Norte e conquistar a capital do país, Pyongyang.

As acusações chegam depois de Seul ter feito saber que, caso exista um sinal de que a vizinha do Norte está a preparar um ataque nuclear, a capital da Coreia do Norte seria “totalmente destruída por mísseis balísticos e explosivos”.

Apesar das duras sanções internacionais que tentam inverter o avanço dos programas nucleares de Pyongyang, discute-se uma nova ronda de medidas.

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